Diante da insistência da Petrobrás em impor à categoria um processo de negociação segmentado por subsidiária, a FUP não participará da reunião convocada para esta quinta-feira (10). Há mais de dois meses, os petroleiros aguardam uma resposta à Pauta aprovada na 5ª Plenafup e defendida na greve do dia 24 de julho.
A luta dos trabalhadores é para preservar a Petrobrás como empresa integrada de energia. Fatiar o processo de negociação, portanto, vai na direção contrária do que cobram os petroleiros. A FUP e seus sindicatos não endossarão um modelo de negociação que tem por base a segregação da categoria, abrindo caminho para a diferenciação de direitos.
A Federação estará reunida na sexta-feira (11) para deliberar sobre os próximos passos dos petroleiros na construção da greve nacional.
Somente nesta quarta-feira (09), a Petrobrás enviou documento à FUP, agendando para o dia seguinte a apresentação de sua contraproposta, oficializando, assim, o que já havia informado aos trabalhadores no último dia 03, em comunicado interno. A Federação questionou se as subsidiárias participarão da reunião e a empresa informou que será mantido o novo modelo de negociação anunciado na semana passada, o qual foi veementemente repudiado pela FUP e por seus sindicatos.
Além de segregar o processo de negociação por empresa, a Petrobrás impôs uma comissão de negociação composta por três representantes das áreas de negócios, onde o RH terá o papel secundário de assessorar as reuniões. Para a FUP, esse modelo tem o objetivo claro de enfraquecer a organização sindical, aplicando na mesa de negociação a mesma tentativa de desmantelamento do Sistema Petrobrás que está previsto no Plano de Gestão e Negócios.
A luta dos petroleiros é justamente para manter a Petrobrás como empresa integrada de energia, preservando empregos e direitos de todos os trabalhadores do Sistema. A FUP, portanto, continuará resistindo a qualquer tentativa desmonte da empresa ou de diferenciação entre os seus trabalhadores.