“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais poderão deter a chegada da primavera. E a nossa luta é em busca da primavera”, Lula cita Che Guevara em discurso histórico no dia 7 de abril de 2018
Os dias sombrios que vivemos são parte do golpe que começou em 2016 e a prisão do ex-presidente Lula cumpre apenas mais uma etapa desse processo: que derrubou Dilma Rousseff, que alçou Michel Temer à Presidência, que matou Marielle Franco.
Ele não se restringiu ao impeachment. Na verdade, trata-se de um processo planejado, articulado e contínuo de retirada de direitos, de privatização do bem público e criminalização dos movimentos populares, que agora tem sua maior liderança presa.
Uma prisão não pautada pela justiça ou pelo cumprimento das leis, menos ainda pela bandeira do combate à corrupção. Mas, pautada sim pela necessidade de se barrar o mais forte candidato a presidente do País nas pesquisas eleitorais.
Lula foi perseguido por um processo judicial montado pela Polícia Federal, Judiciário e Ministério Público. Um processo viciado (jogo de cartas marcadas), seletivo e cujo resultado teve participação fundamental da grande mídia, que condenou Lula muito antes dele ser julgado.
Lula, portanto, é um preso político, e o que o ocorreu em São Bernardo do Campo (SP) não deve nos entristecer ou desanimar, mas sim nos inspirar para a luta pesada que vem pela frente. Lula entregou-se à polícia carregado, protegido e ovacionado por uma multidão emocionada, ciente de que sua história não se encerrava ali.
E, como ele mesmo disse em seu discurso no último dia 7: ele é mais que um ser humano. Lula hoje representa e simboliza uma ideia. E é nosso dever, hoje e sempre, lutar por essa ideia, que nos movimenta e nos inspira a lutar por um mundo mais justo e menos desigual.
“Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês”, disse Lula em seu discurso histórico no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
Sindipetro/MG