Uma diretriz pregada pela gerência da Petrobrás é que “todo acidente pode ser evitado”. E nunca uma frase fez tanto sentido quanto no acidente registrado no dia 6 de agosto na U-47, na Regap, em Betim (MG).
O rompimento de uma conexão de um Indicador Local de Pressão (PI) próximo ao local onde era realizado um teste de válvula provocou um vazamento de ácido sulfúrico 98% e deixou três trabalhadores feridos. Um deles sofreu queimaduras graves e segue internado no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
Vários indícios apontam que o acidente poderia ter sido evitado, sendo boa parte deles fruto da atual gestão da Petrobrás que tem cortado investimentos em inspeção e manutenção de equipamentos e no treinamento e capacitação dos profissionais, além de reduzir o efetivo, elevando os riscos de acidentes em suas unidades.
Alguns dos indícios já apurados pelo Sindipetro/MG ou denunciados ao Sindicato são:
Todas essas falhas, se comprovadas, reforçam a denúncia que já vem sendo feita há alguns anos pela FUP e seus sindicatos filiados acerca da insegurança nas unidades da Petrobrás. Esse foi o nono acidente registrado com empregados da Regap em 2018, sendo o segundo com vítima. O primeiro aconteceu em março, quando um operador sofreu uma escoriação no tornozelo ao descer de um dos ônibus da empresa que presta serviço de transporte para a Petrobrás. O acidente foi provocado porque a tampa do assoalho quebrou quando o trabalhador desembarcava do veículo.
O Sindipetro/MG tem recebido denúncias de situações de insegurança em diversos setores da Petrobrás. Por isso, o Sindicato reforça a orientação de que o trabalhador que presenciar situações como essas envie uma denúncia para o e-mail [email protected] O anonimato será mantido.