Foi realizada na última terça-feira (28) a primeira audiência do processo movido pelo Sindipetro/MG contra a Petrobrás no caso de um trabalhador que foi suspenso por cinco dias durante a greve de maio de 2018.
A suspensão foi motivada pelo fato de o petroleiro ter passado serviço para seu supervisor, indo embora depois de 16 horas de trabalho no primeiro dia de greve – o que é um direito de todo trabalhador.
A audiência aconteceu na 1ª Vara do Trabalho de Betim e reuniu diversos trabalhadores, que compareceram ao Fórum em solidariedade ao trabalhador punido. A decisão da Justiça deve ser divulgada nos próximos dias.
Já no dia 11 de setembro está marcada a primeira audiência, também em Betim, do processo referente aos demais trabalhadores punidos com advertências durante a greve.
A greve de 72 horas dos petroleiros deflagrada em maio foi aprovada nacionalmente pela categoria. Em Minas Gerais, as assembleias conteceram entre 2 e 7 de maio e a Petrobrás foi comunicada sobre o movimento grevista com 72 horas de antecedência, como prevê a Lei de Greve.
Além das punições aos trabalhadores grevistas, também foi aplicada multa milionária aos sindicatos de petroleiros em greve no País.
O movimento reivindicava mudança da política de preços preços dos combustíveis praticada pela Petrobrás, a saída do então presidente da companhia, Pedro Parente, e o aumento da carga das refinarias da empresa.
O movimento teve início às 23h30 do dia 29 de maio e foi encerrado em Minas Gerais no dia 1° de junho, após o pedido de demissão de Parente divulgado na imprensa.