Regap tenta subnotificar acidente grave, que deixou dois trabalhadores com queimaduras Regap tenta subnotificar acidente grave, que deixou dois trabalhadores com queimaduras

Notícias | 10 de setembro de 2021

No dia 4, na parte da tarde, a categoria ficou em alerta diante de mais um grave acidente na Regap. Durante serviço com maçarico no costado do tanque 27-TQ-96F, houve falha de uma mangueira, associada à falha do sistema de segurança do equipamento, o que ocasionou em um incêndio que atingiu dois trabalhadores terceirizados.Segundo informações que chegaram ao sindicato, eles ficaram com queimaduras de primeiro e segundo grau.

“A precarização da manutenção e também da mão de obra, que não passa por treinamentos necessários e muitas vezes trabalha com menos gente do que o necessário, expõe os vários riscos a que os trabalhadores estão submetidos. Isso precisa mudar”, sublinha Alexandre Finamori, coordenador do Sindipetro MG.

Absurdo: Gerente Elza Kallas ordena que acidentados vão trabalhar enfaixados

Além das graves consequências para a saúde dos trabalhadores terceirizados que tiveram queimaduras após acidente no tanque 27-TQ-96F, a gerência da Regap tentou subnotificar o acidente. Na tentativa de tratar o acidente como sem afastamento, a gestão da empresa obrigou que os acidentados voltassem a trabalhar, mesmo com o rosto enfaixado!

Dessa forma, em uma clara tentativa de subnotificação do acidente, o evento não foi classificado na categoria 3, mas na 1, que é de acidente sem afastamento. “Sabemos que essa maquiagem no número atende apenas ao interesse da empresa, que não quer ficar com imagem ruim. Isso mostra como a gerência está mais preocupada com o PPP, sua remuneração variável, do que com a saúde dos trabalhadores”, afirma Alexandre Finamori.

Ele critica também a presença da gerente-executiva Elza, que não é da unidade, mas teria sido responsável pela mudança na classificação do acidente. “É um absurdo a presença de uma pessoa que nem é da Regap influenciando em questões internas da empresa, extrapolando todos os limites. Ela é figura presente em processos de venda de refinarias e repudiamos veementemente esse tipo de interferência, que agora chega ao cúmulo de prejudicar a saúde e a vida de trabalhadores”, critica Finamori.