Refinarias nacionais estão sendo vendidas abaixo do valor real

Sociedade brasileira já paga a conta da privatização da RLAM e desmonte do Sistema Petrobrás

por Sindipetro/MG

Desde o início das vendas das refinarias da Petrobrás, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP) tem denunciado que as unidades vendidas pelo governo Bolsonaro estão sendo entregues por um preço abaixo de seu valor real. A Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza/CE, vendida em maio de 2022, por exemplo, foi negociada por R$34 milhões, 55% do seu valor real.

Sob o argumento de enxugar o Estado e permitir o fluxo de capitais estrangeiros, os entreguistas destroem as empresas estatais e retiram do povo brasileiro o seu direito de se desenvolver industrialmente, assim como de ampliar a sua qualidade de vida.

Vendas de refinarias traz prejuízo Também vendida abaixo do seu valor real, a entrega da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza/CE, causará impactos diretos às contas das prefeituras da região nordeste. A venda da refinaria cria um monopólio privado na produção de asfalto e de lubrificantes naftênicos. Com a Lubnor sendo gerida por uma empresa privada, as prefeituras locais não terão mais garantida a função social da refinaria e nem o compromisso com o desenvolvimento regional.

Por sua vez, a RLAM já realizou oito aumentos no preço dos combustíveis em apenas cinco meses de gestão da Acelen. Os postos de combustíveis no estado da Bahia têm comercializado a gasolina comum por um preço máximo de R$8,42. Quanto ao óleo diesel S10, o combustível está sendo comercializado na Bahia com o preço máximo de R$8,26. A média nacional para ambos os combustíveis é de R$7,81. Os dados foram coletados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível entre os dias 29 de maio de 2022 e 4 de junho de 2022, e estão disponíveis no site da agência.

Os efeitos das privatizações realizadas pelo governo Bolsonaro já começam a ser visíveis para a sociedade brasileira. O setor de petróleo e gás deve ser visto como estratégico para, além de controlar a inflação, garantir à população uma vida digna e de bem estar. Para isso, é um dever de todos, lutar em defesa da Petrobrás estatal!