AMS e situação dos transferidos norteiam rodadas de negociação do ACT AMS e situação dos transferidos norteiam rodadas de negociação do ACT

Acervo, Diversos, Eventos | 4 de outubro de 2023

As negociações também abordaram outras questões, como a necessidade de respeitar a diversidade e alcançar igualdade salarial


por Sindipetro/MG com informações da FUP

 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) retomou o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com a Petrobrás e suas subsidiárias, colocando no centro do debate a saúde mental dos petroleiros, especialmente transferidos compulsoriamente após privatizações e fechamentos de unidades durante o governo Bolsonaro. As negociações do ACT, realizadas entre os dias 26 e 28 de setembro, foram retomadas pela FUP e Petrobrás após a rejeição unânime da primeira contraproposta apresentada pela empresa.

Nos últimos meses, a categoria petroleira tem cobrado da Petrobrás soluções definitivas para garantir a transferência de trabalhadores considerados como casos críticos. A questão da saúde mental é uma preocupação eminente, abrangendo vários setores da categoria, inclusive entre os aposentados, que enfrentam descontos excessivos na AMS e na Petros, levando muitas famílias a dificuldades financeiras e, em alguns casos, à perda do plano de saúde.

As negociações também abordaram outras questões, como a necessidade de respeitar a diversidade, alcançar igualdade salarial, promover uma cultura organizacional inclusiva e reconhecer o trabalho coletivo dos petroleiros na distribuição justa da riqueza gerada pela empresa. Nesse sentido, os representantes sindicais cobraram propostas para a reposição de perdas salariais, o fim do banco de horas e a implementação de novas políticas de remuneração variável e plano de cargos, dentre outros pontos.

Dessa forma, a saúde e segurança dos trabalhadores também foram enfatizadas, com a cobrança de investimentos adequados em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), bem como a emissão de Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) para trabalhadores cuja saúde foi afetada por assédio moral e sexual. Além disso, a FUP destacou a importância da participação dos sindicatos no planejamento da recomposição dos efetivos da Petrobrás.

Assim, no decorrer das negociações, a FUP enfatizou não apenas a busca por melhorias econômicas, que na primeira contraproposta ficaram muito abaixo do esperado, mas também a preocupação com a saúde mental dos petroleiros, a igualdade salarial, a cultura organizacional e a valorização dos trabalhadores. A expectativa é de que uma nova contraproposta seja apresentada aos sindicatos na próxima semana.