A greve deixou marcas entre os petroleiros e petroleiras pelo espírito de coletividade e solidariedade
A greve nacional da categoria petroleira, entre 29 de maio a 1º de junho de 2018 é uma das mais emblemáticas em Minas. Em meio a greve de caminhoneiros que parou o país, a reivindicação da categoria petroleira era pela mudança na política de preços dos combustíveis, aumento da carga das refinarias e o fim das privatizações anunciadas pela Petrobrás.
Em razão das pressões, diversas bases suspenderam a greve de 72 horas. No entanto, a categoria em Minas manteve o movimento e fez um grande ato na portaria da Regap no dia 1º de junho. “Em greve sozinhos em Minas Gerais, estávamos reunidos na tenda do gramado, juntamente com lideranças sindicais, do MAB e do Levante Popular da Juventude, quando recebemos, com muita comemoração, a notícia da queda do então presidente da Petrobrás, Pedro Parente, um dos pleitos do movimento. A categoria é outra desde então”, avalia o ex-coordenador-geral do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori (Gestão 2020/2023).
Algumas consequências foram a punição de grevistas e aplicação multa milionária aos sindicatos de petroleiros em greve no País. Em Minas, petroleiros receberam cartas de advertência da empresa e punições que foram revertidas após a atuação do Sindicato na Justiça. No entanto, a greve deixou marcas entre os petroleiros e petroleiras pelo espírito de coletividade e solidariedade na organização sindical, ampliando perante a sociedade o debate contra a privatização da Petrobrás.