Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os recordistas nacionais de preço de GLP, Roraima aparece em primeiro lugar, com o botijão sendo comercializado a R$ 128,79. Logo atrás está o Amazonas, cujo vasilhame de 13 quilos custa R$ 123,77. Amapá, Acre e Rondônia também estão na lista dos preços de gás de cozinha mais altos do Brasil. A Ream fornece GLP para todos esses estados, além do Pará.
O fato é que o botijão de gás continua muito caro, tanto nas refinarias estatais quanto nas privatizadas. Mas cobrar 72% a mais sobre um preço que já é excessivo para o consumidor tangencia a criminalidade. E o detalhe é que o PPI ainda é referência de precificação do gás de cozinha na Petrobrás e, não bastasse já ser caro o suficiente, refinarias privatizadas ainda cobram acima da paridade de importação, escandalosamente acima. E, para além dessas, as distribuidoras se locupletam com a “liberalidade do mercado” e a falta de regulação.
O gás de cozinha é uma necessidade básica da população, é o derivado de maior apelo social, e a privatização das refinarias trouxe, como prevíamos, a exploração dos monopólios privados, espoliando a população sem escrúpulos e sem fiscalização, estimulando verdadeiros abusos contra a economia popular.
Onde estão os órgãos reguladores e fiscalizadores? Onde estão ANP, Cade e Procon? Quando será dado um basta à espoliação da economia popular?