1° de Maio: celebrar, sem nunca parar de lutar! 1° de Maio: celebrar, sem nunca parar de lutar!

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 2 de maio de 2024

Nos últimos anos, o Sindipetro/MG tem insistido na importância de reforçar o 1° de Maio como uma data que não se limite às comemorações com sorteio de brindes, enfatizando que, historicamente, este é um dia de luta. Neste 1º de maio, uma das principais pautas defendidas pelas centrais sindicais é a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central. Outras bandeiras de lutas são emprego decente, correção da tabela do imposto de renda, igualdade salarial para trabalho igual, aposentadoria digna e valorização do serviço público.

Ato do 1º de maio, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.

 

 

Em Belo Horizonte, o 1º de Maio foi palco de muito diálogo, cobrança e luta, com a realização de um ato na Praça Afonso Arinos. Além das demandas nacionais, a mobilização em Minas Gerais inclui pautas contra o projeto privatista de Romeu Zema (Novo). Também houve protesto contra o arcabouço fiscal, defesa da representação sindical para todas a categorias, pela revogação das reformas trabalhista e da previdência e em solidariedade ao povo palestino.

 

 

 

 

Merecemos mais!

Com o novo governo Lula, a categoria petroleira tem lutado para recuperar direitos perdidos. Além de cobrar pela reconstrução da Petrobrás, com mais investimentos e obras, mais geração de renda e emprego, e preços de combustíveis mais baratos. Em pouco mais de um ano, vimos alguns avanços e a retomada do diálogo, porém com muitos obstáculos e lentidão, já que a atual gestão tem tido grande dificuldade para “virar a chave” depois de anos de desmonte e descaso com a categoria petroleira.

Aposentados da Petrobrás têm sofrido com a demora na solução para os problemas envolvendo o plano de saúde (AMS) e os equacionamentos do Plano Petros, convivendo com contracheques zerados, falta de perspectivas e grandes perdas financeiras. Entre os petroleiros contratados, a situação tem sido ainda mais difícil, com recorrentes problemas envolvendo não pagamento de verbas trabalhistas, atrasos de benefícios e salários, baixos salários, não cumprimento de acordos, assédio moral e ações antissindicais. 

Greve dos Petroleiros em 2018

Apesar da cobrança do Sindipetro/MG sobre a fiscalização dos contratos, a Petrobrás ainda sofre com uma herança maldita dos últimos governos, com contratos rebaixados e contratações com baixos salários e benefícios.  Até a importante conquista de retomada dos planos de saúde para dependentes dos contratados não se efetivou. Além disso, a categoria convive com a permanência de gestores que não têm qualquer compromisso com a melhoria da vida do trabalhador. 

Diante de tantas dificuldades para a classe trabalhadora, é importante celebrar a capacidade de organização e resistência dos trabalhadores, mas também refletir sobre as lutas que o 1° de Maio simboliza. O que a história nos diz é que nenhuma conquista nasceu sem lágrimas, sem sangue, sem luta ou sem a união dos trabalhadores. Sigamos, de novo, em luta, até a vitória!