A economia brasileira superou a de países como Alemanha, Reino Unido e França, que registraram crescimentos inferiores a 1%
Por 247 – A economia brasileira registrou um crescimento de 0,8% nos primeiros três meses de 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4). Este resultado coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário econômico global, especialmente quando comparado às economias dos Estados Unidos e da Europa.
Os setores de serviços e agropecuária foram os principais motores deste crescimento brasileiro, com altas de 1,4% e 11,3%, respectivamente. Apesar de uma ligeira desaceleração em relação ao crescimento de 2,9% no último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro manteve um ritmo de expansão acima das previsões. No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB cresceu 2,5%.
Em comparação com outras economias do G20, o crescimento do Brasil foi notável, informa a BBC Brasil. Enquanto a economia dos Estados Unidos apresentou uma taxa anualizada de 1,6%, abaixo das expectativas de 2,4% e significativamente menor que os 4,9% do trimestre anterior, o Brasil mostrou uma resiliência econômica superior. Os EUA cresceram 0,3% no primeiro trimestre do ano. Na Europa, as principais economias — Alemanha, Reino Unido e França — registraram crescimentos inferiores a 1% no mesmo período, reforçando a posição do Brasil como um destaque entre as economias globais.
A economia global está passando por uma fase de recuperações desiguais após os choques econômicos dos últimos anos, incluindo a pandemia de Covid-19 e a inflação subsequente. Países como Brasil, que têm mostrado um crescimento consistente, indicam uma recuperação mais robusta em comparação com as nações desenvolvidas.
Para 2024, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta que o consumo das famílias será o principal impulsionador do crescimento no Brasil, potencializado pelo aumento do emprego, elevações no salário mínimo e redução da inflação.
Entre os países emergentes, Turquia, China e Índia apresentaram taxas de crescimento mais robustas. A economia turca cresceu 1,6% no primeiro trimestre, apesar de enfrentar uma inflação anual de 75%. A China surpreendeu com uma revisão da previsão de crescimento para 2024 para 5%, enquanto a Índia manteve sua tendência de crescimento forte, com uma taxa anualizada de 7,8%.
Em contraste, o Japão enfrentou uma recessão técnica e continua a lutar com baixo consumo e desvalorização da moeda, resultando na perda de sua posição como a terceira maior economia mundial para a Alemanha. Na América do Sul, a Argentina lida com uma inflação recorde e medidas econômicas severas, prevendo uma contração econômica de 3,3% este ano.