Os trabalhadores da empresa C3 que prestam serviço na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, estão vivenciando uma jornada insana, diante das más condições dadas pela empresa. Uma série de problemas e insatisfações se acumulam entre os contratados. Situações que afetam a dignidade no trabalho, bem dentro da Petrobrás, sem que nada seja feito pela fiscalização, mesmo após reclamações.
Um dos principais problemas dos contratados da C3 é a insuficiência de transporte interno para atendê-los em suas necessidades de cumprir os horários de trabalho e de intervalos para as refeições, a tempo de trocar o uniforme e bater o ponto. Os contratados relatam que, de manhã, são deixados para trás pelo ônibus, porque o transporte passa às 7h10 e não dá tempo de chegar no horário certo para bater o ponto. Sem contar que, muitas vezes, eles são obrigados a se locomover a pé ou de táxi por perderem o transporte fornecido pela empresa.
Na hora do almoço, precisam se alimentar rapidamente e ficam numa fila por mais de 15 minutos, aguardando o ônibus que não estaciona perto do local. Nessa maratona, não sobra nem 15 minutos de descanso nos intervalos. “Não consigo descansar da jornada da manhã para o segundo tempo, entende?”, questiona um contratado da C3. O intervalo para o café não é diferente. “Antes davam o dinheiro para tomarmos o lanche em casa, agora oferecem o café, mas não dá tempo de tomar”, desabafa outro trabalhador que também passa pela mesma situação.
Para completar, a empresa C3 também não pagou o “prêmio da parada” para todos. Segundo informações dos trabalhadores, a gratificação foi somente paga ao pessoal da rotina.
O Sindipetro/MG seguirá cobrando soluções da fiscalização da Petrobrás para os problemas recorrentes envolvendo empresas contratadas na Regap.