Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 19 de novembro de 2024

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 57% da população brasileira é negra. Ou seja, a maioria se declara como preta ou parda. Os negros também são maioria entre os trabalhadores, somando 55% dos ocupados. Nos últimos dois anos, a relativa estabilidade política permitiu a continuidade do crescimento da atividade econômica que, por sua vez, trouxe reflexos positivos sobre o mercado de trabalho, como a queda na taxa de desemprego, crescimento da ocupação formal e expansão dos rendimentos e da massa salarial.
Em 2024, segundo dados coletados pelo DIEESE, 86% das negociações coletivas resultaram em reajustes acima da inflação, com ganho médio de 1,49% nos salários negociados.

O Índice da Condição do Trabalho (ICT-DIEESE), que sintetiza a situação do trabalho no país, apresenta melhora desde 2022 e subiu de 0,57 para 0,63 entre 2023 e 2024 .  As melhores condições do mercado de trabalho, no entanto, não foram suficientes para reduzir a desigualdade racial de renda no Brasil. Este Boletim apresenta estatísticas que destacam alguns dos principais desafios enfrentados pela população negra no mundo do trabalho. Os dados analisados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do IBGE, e referem-se ao 2º trimestre de 2024.

Veja o Boletim Consciência Negra, elaborado pelo Dieese.