A FUP e seus sindicatos se reúnem na sexta (6/12) em Conselho Deliberativo para avaliar as propostas apresentadas pela Petrobrás e por suas subsidiárias e definir os próximos passos da campanha de PLR. O debate ainda está em curso, pois a atual legislação garante que a negociação pode ser realizada até três meses antes da data de pagamento da PLR.
Na reunião do dia 3/12, as subsidiárias da Petrobrás apresentaram suas propostas de PLR, causando frustração nos representantes das entidades sindicais. Além de acentuar as discriminações em relação à holding, as propostas das subsidiárias aumentaram a discrepância entre as menores e as maiores remunerações pagas, na contramão das reivindicações da categoria.
Em paralelo, aconteceram reuniões com a empresa sobre a remuneração variável (PRD), antigo PPP, e sobre a pauta emergencial de SMS, interrompidas na semana anterior em decorrência de acidente fatal na Transpetro. A FUP criticou a empresa por anunciar o programa de PRD sem consultar previamente as representações sindicais, desrespeitando cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que promovem a negociação coletiva.
Durante a apresentação, a FUP destacou avanços no PRD/PPP de 2023, sobretudo para os trabalhadores sem função gratificada, fruto da pressão da categoria. Apesar disso, os valores pagos à alta gestão ainda são desproporcionais. A crítica é que o programa continua totalmente atrelado à gestão de desempenho (GD) e segue sendo uma ferramenta passível de ser utilizada para perseguição política dos trabalhadores.
Também foi questionada a exclusão do período de treinamento dos novos empregados como tempo de trabalho no PRD/PPP e cobrado o pagamento proporcional a esses trabalhadores, além de antecipação do pagamento para todos os empregados, como ocorre na PLR.