Luta constante em defesa da vida
Em 2024, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos realizaram uma série de atos pela vida, para protestar contra a situação de insegurança crônica que adoece e mata trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás. A diretora de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da FUP, Miriam Cabreira, tem enfatizado a urgência de mudanças radicais na política de SMS da Petrobrás. “Precisamos de uma verdadeira revolução na política de saúde e segurança. O que falta para a gestão da Petrobrás perceber que o que está sendo feito está dando errado? ”, questionou.
A categoria petroleira em Minas também tem participado das mobilizações nacionais, inclusive com atraso na entrada, como aconteceu no último ato, em novembro, diante do registro de seis mortes ocorridas em menos de dois meses no Sistema Petrobrás. Entre as vítimas, trabalhadores contratados por empresas prestadoras de serviço que são os mais expostos às condições precárias.
Também não é de hoje que as entidades sindicais têm cobrado mudanças na gestão de SMS, recomposição dos efetivos, além de melhorias nas condições de trabalho, principalmente dos prestadores de serviço. “É preciso dar um basta às mortes e aos problemas de saúde mental e assédio que acontecem com trabalhadoras e trabalhadores dentro da empresa. Passou da hora de virar a página do desastre feito pelos governos anteriores para garantir as medidas necessárias de segurança para todos”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG. Ele lembra que, neste ano, foram realizadas reuniões locais com a gestão da Petrobrás em Minas, quando o Sindicato cobrou reiteradamente um plano de ação da empresa para reverter o quadro de sucateamento e desmonte da gestão de SMS, promovido nos últimos governos que preparavam a empresa para a privatização.
O Sindipetro/MG também tem levado à gestão da Refinaria Gabriel Passos (Regap) questionamentos de seguidas ocorrências e acidentes graves na refinaria, como o ocorrido com o contratado que sofreu queimaduras ao se acidentar na Tubovia e outras ocorrências. No mesmo período, aconteceu um acidente na Usina Termelétrica de Juiz de Fora (UTE-JF), envolvendo trabalhador que se feriu durante uma operação de corte de árvores com motosserra, na área da faixa de servidão da linha de transmissão. Também houve outros episódios preocupantes como incêndio no Coque, vazamento de nafta na HDT e falha no compressor do CCF.
As cobranças do Sindipetro/MG quanto à saúde e segurança dos trabalhadores também foram feitas às gestões das unidades da Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-IBT) e Transpetro. Na Usina Darcy Ribeiro – Petrobrás Biocombustíveis (PBio), em Montes Claros, foram realizadas várias reuniões locais de SMS e RH. Nas ocasiões, o Sindicato cobrou medidas que envolvem a contingência de riscos aos trabalhadores, aumento do efetivo, eleições da CIPA e pendências que envolvem a atuação do RH nas unidades.