Trabalhadores contratados das prestadoras de serviço da Petrobrás entraram no ano de 2025 com dificuldades em cumprir seus compromissos financeiros. Alguns tiveram que recorrer ao sindicato da categoria e à Justiça do Trabalho. É que várias empresas terceirizadas não pagaram o 13º salário, dentre outros descumprimentos trabalhistas.
Entre as empresas que prestam serviço na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, a RM Engenharia é uma das que não pagou o 13º salário. Já a VGK não pagou o acerto dos empregados dispensados.
Um dos casos mais graves é o dos trabalhadores da AXPR, além de não pagar a parcela do 13º terceiro, a empresa está em atraso com o pagamento do salário de dezembro de 2024 e benefícios de seus empregados. Sem receber o vale transporte, o comparecimento ao trabalho também ficou comprometido.
Na Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-IBT), as denúncias são de que a empresa Vectra demitiu sem justificativa um trabalhador com problemas de saúde e histórico de afastamento por adoecimento. Quanto à ESVJ, também prestadora de serviços na UTE-IBT, a denúncia é de atraso no pagamento de benefícios trabalhistas.
“Entra e sai ano, a luta dos contratados continua a mesma. Isso é desumano. A dignidade das trabalhadoras e trabalhadores que prestam serviços para a Petrobrás precisa ser preservada. As empresas não podem fazer o que bem entendem, desrespeitando os direitos trabalhistas e deixando os trabalhadores passarem dificuldades, principalmente nesse período do ano”, lamenta Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.
O Sindicato tem cobrado dos gestores medidas relativas aos contratos com as empresas terceirizadas e proteção aos direitos dos contratados. Em 2024, o Ministério do Trabalho foi acionado pelo Sindicato, com o comprometimento da gerência da Regap de acompanhar as empresas, criando mecanismos para impedir que os descumprimentos trabalhistas e calotes se repitam.