No dia 3 de fevereiro, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se reuniram e acertaram a construção de um calendário conjunto de mobilizações em defesa de regras justas e transparentes no teletrabalho no Sistema Petrobras. O objetivo é construir um dia nacional de luta da campanha que tem como slogan “Nem um passo atrás”.
As mobilizações estão previstas para os prédios administrativos da Petrobrás. Em Minas, o Sindipetro/MG tem realizado reuniões setorizadas com os trabalhadores e trabalhadoras em regime de teletrabalho.
No dia 4/02, os petroleiros do administrativo da Torre de Pituba (foto), na Bahia, fizeram uma paralisação, com manifestação contra o autoritarismo da empresa. No início do ano, a Petrobrás decidiu, de maneira unilateral, alterar o regime de teletrabalho exigindo mais um dia presencial por semana.
O diretor do Sindipetro Bahia e vice-presidente da CUT-BA, Luciomar Machado, discursou em defesa do teletrabalho, afirmando que o regime “não significa menos trabalho, significa mais produtividade e também mais qualidade de vida”. Ele destacou que “os trabalhadores e as trabalhadoras podem organizar melhor sua vida, seu tempo com a família, uma ida ao médico ou a outros profissionais de saúde. A tecnologia está avançando e precisamos também avançar no debate sobre os regimes e as jornadas de trabalho”, defendeu.
A próxima reunião das entidades sindicais com a Petrobrás para discutir o assunto será no dia 7 de fevereiro, na sede da empresa no Rio de Janeiro. A reunião estava prevista para acontecer no dia 30 de janeiro, mas foi cancelada de forma truculenta pela empresa, enquanto acontecia um ato das trabalhadoras e trabalhadores do administrativo, na porta do Edisen. A categoria exige diálogo sobre as regras do teletrabalho e não aceita retrocessos.