61 anos do golpe: Sem anistia para golpistas 61 anos do golpe: Sem anistia para golpistas

Notícias, Tribuna Livre | 3 de abril de 2025

Os 61 anos do golpe civil-militar de 1964 foi lembrado com manifestações de trabalhadores em todo o país. Em Belo Horizonte, movimentos populares, sindicais e sociais fizeram atos no dia 30 e 31 de março, que também exigiam punição aos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os atos aconteceram em meio às repercussões do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou réus o ex-presidente Bolsonaro e aliados, denunciados por organização criminosa e tentativa de golpe de estado. Além do grito de “Ditadura Nunca Mais”, foi grande o coro por “Bolsonaro na prisão” e “sem anistia” para os golpistas, principalmente os que depredaram os prédios dos três poderes, em 8 de janeiro de 2023, e planejavam implantar uma ditadura após assassinar o presidente democraticamente eleito.

No dia 1º de abril, movimentos sociais ocuparam a sede do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. O edifício abrigou um dos principais centros de repressão da ditadura militar, entre 1964 e 1985. Os manifestantes são contra a anistia aos golpistas e reivindicam que o prédio, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) em 2016, seja transformado no Memorial dos Direitos Humanos Casa da Liberdade e Memória das Vítimas da Ditadura Militar.

“Lembrar do período violento da ditadura civil-militar, que perdurou por 21 anos até 1985, contribui para impedir que esse passado sombrio nunca mais se repita. Pela democracia, sem anistia para golpistas”, opina o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves.