Negociações com a Petrobrás são retomadas pós-greve

Notícias, Tribuna Livre | 3 de abril de 2025

Após forte mobilização da categoria petroleira, denunciando postura intransigente da empresa, a gestão de Magda Chambriard convocou a representação sindical para dialogar sobre o regime de teletrabalho. O Sindipetro/MG participou da reunião, que ocorreu no dia 2 de março. 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) ressaltou que a greve nacional, que teve grande adesão da categoria, envolve outros pontos além do teletrabalho, como remuneração variável, efetivo e plano de cargos, que precisam ser imediatamente tratados em espaços de negociação com a empresa. Uma proposta unificada do Plano de Cargos, construída junto com os sindicatos e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) foi apresentada à gestão. 

Mesmo dizendo estar disposta a negociar um acordo coletivo sobre teletrabalho por 2 anos, a empresa manteve os mesmos termos da proposta anterior, prevendo 3 dias de trabalho presencial para o público elegível ao regime híbrido. Mas prorrogou para 30/05 o prazo para a adesão ao termo individual e se colocou à disposição para iniciar uma negociação para a construção do acordo. Até lá seguirá o modelo atual de regime híbrido, sem impactos (independente se a pessoa assinou ou não o termo). 

A FUP fez vários questionamentos, reforçando querer avançar em um acordo justo para a categoria. Foi cobrado um olhar diferenciado para os diferentes públicos, como transferidos compulsoriamente após privatizações, pessoas com residência distante da empresa, pais e mães de filhos em primeira infância. Também foi cobrada uma solução para o tratamento de frequência do dia parado na greve do dia 26/03. A FUP exige que isso seja feito em acordo na mesa de negociação, e defende que não haja desconto ou reflexos das horas não trabalhadas por motivo de greve. 

Reunião de RH/SMS

Esclarecimentos sobre o tratamento de ponto em assembleias e na greve do dia 26/03 também entraram na pauta da reunião da Comissão local de RH/SMS da Refinaria Gabriel Passos (Regap), realizada no dia 2/03.

Entre os pontos em discussão estavam questões sobre efetivo, saúde mental, condições de trabalho, treinamentos, AMS e pautas que envolvem as empresas contratadas. Entre elas, questionamentos sobre diferenciação no Transporte de Turno (Laboratório); Cobrança sobre adoção de escalas de trabalho diferenciadas em contratos; Cobrança de plano de ação frente às constantes denúncias de atrasos e não pagamento de verbas trabalhistas, assim como o   retorno sobre GT com a Superintendência do Ministério do Trabalho sobre empresas terceirizadas na Petrobrás em Minas Gerais.