Sindicatos cobram respostas da Petrobrás após greve de advertência Sindicatos cobram respostas da Petrobrás após greve de advertência

Notícias, Tribuna Livre | 24 de abril de 2025

Dentro do cronograma de reuniões com a gestão da Petrobrás para tratar das reivindicações da categoria, levantadas na greve de 26 de março, aconteceu em 15 de abril a reunião sobre o Plano de Cargos. Diretores da FUP leram e explicaram todos os pontos da pauta unificada entre as federações, expondo não só os aspectos técnicos da proposta, como também enfatizando as consequências do desgaste acumulado após anos de desmonte promovido por gestões anteriores, caracterizadas por imposições unilaterais da empresa, como o controverso Plano de Cargos e Remuneração (PCR). 

Para Tezeu Bezerra, diretor da FUP e Sindipetro-NF, o PCR foi imposto aos trabalhadores sem diálogo, representando uma ruptura com o espírito coletivo da empresa. A expectativa da categoria petroleira é que a Petrobrás apresente, ainda em 2025, uma proposta concreta de plano de cargos para todo o sistema, não limitada a um único CNPJ. “A categoria espera respostas. O plano precisa sair do papel”, reforçou.

No dia 16/04, aconteceu a reunião que discutiu sobre a AMS. Foram tratados temas diversos como custeio e sustentabilidade da AMS, melhoria do plano, estratificação do saldo devedor, retorno dos excluídos, procedimentos do novo Pasa, Benefício Farmácia, postos de atendimento e outras demandas. A FUP cobrou a distribuição do superávit do plano em 2024 e a negociação de um fundo de reserva.

Também no dia 16/04, em reunião com a Petrobrás foram debatidas as pautas sobre Diversidade e combate à violência no trabalho. A Comissão de Diversidade da Petrobras atendeu a um importante pleito da FUP e ampliou as medidas de acompanhamento às vítimas de violência doméstica e de gênero. A empresa anunciou que irá aprimorar o acompanhamento psicossocial e ampliar a divulgação dos canais de apoio e denúncia. A FUP celebrou a iniciativa como um avanço, mas afirmou que continuará vigilante para garantir que as ações sejam efetivamente implementadas nas unidades. 

Na reunião sobre o acompanhamento do ACT e da PLR, em 17/04, os representantes dos trabalhadores cobraram da empresa a abertura de negociação para uma compensação financeira, reafirmando que a PLR é um direito conquistado e deve refletir os resultados da empresa. Os trabalhadores consideram uma afronta a Petrobrás anunciar o pagamento de mais R$ 9,1 bilhões de dividendos adicionais para os acionistas, enquanto reduz em 31% a PLR dos que construíram os resultados da empresa. Sindicatos também cobram solução para o pagamento proporcional da PLR 2019. “O eixo central da greve de advertência foi o resgate e o fortalecimento da negociação coletiva. A categoria exige o fim da enrolação da gestão Magda e propostas concretas”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.