Denúncias e demandas relacionadas às empresas terceirizadas da Petrobrás em Minas foram as principais pautas da reunião, ocorrida em 16/05, entre representantes da sociedade civil, Ministério do Trabalho, Sindipetro/MG, Sitramonti, empresas contratadas e gestores da Refinaria Gabriel Passos (Regap).
A reunião feita na Regap e mediada pelo Superintendente Regional do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans, foi fruto das cobranças do Sindipetro/MG e demais entidades representativas que, nos últimos anos, exigem uma resposta da Petrobrás e das empresas terceirizadas, em relação às situações alarmantes de desrespeito aos direitos dos contratados.
O Sitramonti, um dos principais sindicatos que atuam na Regap, relatou uma série de demandas e problemas, entre eles a diferenciação no acesso pela portaria entre trabalhadores próprios e contratados; necessidade de aumento da empregabilidade local e de banco de dados para contratação de mão de obra qualificada; denúncias sobre retaliações e demissões de trabalhadores que se mobilizaram por seus direitos; falta de igualdade nas tabelas salariais; denúncias de desvio de função, atraso de pagamento de verbas trabalhistas e calote de encargos rescisórios, não pagamento de horas extras de Parada; questionamento sobre desigualdades entre trabalhadores da Regap e UTE Ibirité; cobrança sobre número de acidentes e sobre transparência em relação aos procedimentos da Ouvidoria.
O Sindipetro/MG denunciou o quadro crítico envolvendo as terceirizadas, com casos recorrentes de atraso ou não pagamento de salários e benefícios, além de assédio moral e diferenciações dentro da categoria. O Sindicato se posicionou, reforçando que esses espaços de diálogo não sirvam somente para reafirmar denúncias, mas que levem a Petrobrás a aperfeiçoar seus processos internos de gestão e fiscalização de contratos, garantindo condições de trabalho dignas para todos que trabalham na maior empresa deste país.