Ainda tem luta contra a privatização da Eletrobras

Trabalhadoras e trabalhadores da Eletrobras e do movimento sindical denunciam que o valor está subestimado e há uma série de irregularidades

por Sindipetro/MG

A sanha privatista do governo Bolsonaro caminhou mais um passo para a entrega da Eletrobras a preço de banana, com o julgamento favorável da primeira fase da privatização da empresa, ocorrido no dia 15/02. Nessa fase, foi avaliada a modelagem econômico-financeira que define o valor final de venda da estatal, inicialmente estipulado em R$ 67 bilhões pelo governo federal.

Trabalhadoras e trabalhadores da Eletrobras e do movimento sindical denunciam que esse valor está subestimado e há uma série de irregularidades. Eles garantem que continuaram firmes na resistência para evitar a privatização da empresa.

A primeira etapa da privatização foi aprovada por seis votos a um. O voto contrário foi o do ministro Vital do Rêgo, que apresentou uma lista de questionamentos.  Segundo ele, a modelagem apresentada pelo Executivo federal ignora que a empresa atuará nesse mercado no futuro e que o valor final de venda da Eletrobras está subestimado. O valor total, segundo cálculos apresentados pelo ministro, ficaria em R$ 130,4 bilhões.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) divulgou nota denunciando que, desde o golpe contra a presidenta Dilma, em 2016, há em curso um nebuloso processo de entrega do património nacional. “A cada etapa que passa, mais pessoas se engajam na luta, potencializando nossas iniciativas de resistência a este processo”, diz a nota.

A avaliação da segunda etapa da privatização– o formato de capitalização –, pode ser concluída pelo TCU até o início de março.