Voz da Base: Trabalhadores denunciam assédio e ameaça de terceirização Voz da Base: Trabalhadores denunciam assédio e ameaça de terceirização

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 20 de janeiro de 2023

Petroleiros do laboratório da Regap alertam categoria sobre situação de assédio sofrida nos últimos anos. Leia abaixo a íntegra do relato dos técnicos em química


por técnicos em Química lotados no Laboratório da REGAP

 

Nós, técnicos em Química lotados no Laboratório da REGAP, gostaríamos de dividir algumas experiências pelas quais passamos nos últimos anos. Anos conturbados para todos petroleiros próprios e contratados. Desde a saída da presidenta Dilma, há a ameaça de terceirização parcial e até total dos laboratórios do RGN. Essa situação foi agravada com a eleição de Bolsonaro e algumas mudanças nas orientações da Petrobrás, em nosso caso específico com a colocação à venda da Regap.

Nesse clima, houve uma mudança gerencial, no Laboratório, com a chegada de uma colega sem nenhum conhecimento técnico ou vínculo com a atividade, dessas coisas que só acontecem na Regap. Como em todo começo de relação, as promessas e expectativas eram as melhores, a conversa educada e os sorrisos fartos… Pura enganação! Em pouco tempo, as máscaras caíram. A missão de destruir e terceirizar integralmente o Laboratório veio à tona, independente do preço a ser pago e das pessoas prejudicadas pelo caminho. Carreiristas sendo carreiristas!

Colegas foram “convidados” a se transferirem para a operação, com todo tipo de falta de respeito sendo utilizado como ferramenta de convencimento. Não foram considerados os anos dedicados por esses profissionais. Falta de respeito é a marca registrada desta gestão.

A ferramenta para a terceirização do Laboratório foi um contrato, feito a muitas mãos, utilizado e alardeado como o “melhor já idealizado em uma refinaria da Petrobrás”, “um case a ser empregado por todo o Sistema Petrobrás”. Todos os envolvidos nessa execução deste contrato igualmente culpados pelas questões aqui resumidas.

O contrato trouxe técnicos terceirizados para o turno, fato esse sem nenhuma equivalência nos piores períodos dos governos FHC. Na completa loucura que se tornou o Laboratório da Regap, esses contratados foram orientados a fiscalizar e cobrar atividades de colegas próprios, se envolverem em reuniões e decisões para as quais não possuem qualificação adequada, claramente gerando uma insegurança jurídica para a Petrobrás e um grave conflito de interesses. Contrato muito caro e de retorno duvidoso!

Infelizmente, há relatos de falta de respeito no trato aos colegas da Petrobras. Isso é muito preocupante, pois é possível imaginar o que os profissionais contratados do laboratório podem estar passando. Tem gente na equipe de gestão se sentido no direito de humilhar, ofender e gritar com esses profissionais, o que vai completamente contra os procedimentos internos e o Código de Ética da Petrobras. Segundo relatos, o staff da empresa contratada também tem adotado uma política de medo, ameaça e perseguição em rela- ção aos seus pares. É importante lembrar que o respeito e a consideração pelos colegas de trabalho são valores fundamentais em qualquer ambiente profissiona

O teletrabalho foi uma das lutas nesse período tenso de Pandemia. Uma ferramenta elaborada pela Petrobrás e vilanizada no Laboratório. Colegas em teletrabalho sofreram todo tipo de ameaça e desvalorização das atividades realizadas, sendo tratados como funcionários de segunda categoria e tendo essa condição exposta aos demais membros da equipe corriqueiramente. Tratavam-se de pessoas aptas para o programa dada a atividade realizada ou por indicação médica.