Em vinte dias de movimento grevista, foram realizadas várias ações, com grande adesão da categoria
A greve nacional dos petroleiros, ocorrida em fevereiro de 2020, contra o fechamento e a demissão de cerca de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR) foi o primeiro grande enfrentamento sindical no Governo Bolsonaro. O fechamento da fábrica no Paraná fazia parte da estratégia para privatizar a Petrobras.
Em vinte dias de movimento grevista, foram realizadas várias ações, com grande adesão da categoria. Cruzaram os braços cerca de 21 mil empregados em 121 unidades operacionais da companhia, entre plataformas, refinarias e outras instalações. Na Regap, trinta trabalhadores ficaram retidos compulsoriamente dentro da unidade por mais de 72 horas.
O TST considerou a greve ilegal e determinou a manutenção de 90% do efetivo da Petrobras, aplicando multas severas aos sindicatos. “A categoria petroleira já tinha muitos motivos para fazer greve, diante do pacote de maldades da então gestão da Petrobrás, mas além da manutenção dos direitos, a luta teve que ser também pelos empregos”, afirma Anselmo Braga, então coordenador-geral do Sindipetro/MG.