Depois de onze anos, a Petrobrás voltou a abrir as portas para debater um assunto muito importante para a categoria petroleira. No dia 6 de fevereiro aconteceu o Fórum de Efetivos do Sistema Petrobrás, retomado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), FUP e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) em Acordo Coletivo de Trabalho.
“Saudamos os avanços como a contratação de milhares de concursados nos últimos dois anos, mas também queremos avançar, rediscutindo a gestão e o planejamento de pessoal para reverter as maldades dos governos anteriores”, opina o diretor do Sindipetro/MG, Felipe Pinheiro.
Também estiveram presentes no Fórum os diretores do Sindipetro/MG Anselmo Braga e Renan Ragone. Os representantes de Minas cobraram a reprimeirização de setores do refino, o fim do modelo imposto pelo O&M, a readequação do efetivo das Termelétricas e a retirada de obstáculos para cessão de empregados para subsidiárias com falta de pessoal, como é o caso da PBio.
As federações enfatizaram a importância da convocação de 100% dos cadastros de reserva e destacaram que a interlocução com a gestão precisa avançar para garantir um planejamento contínuo de efetivos. Os representantes sindicais lembraram os impactos das privatizações, demissões e programas de desligamento dos últimos anos, que reduziram os quadros próprios da Petrobrás e suas subsidiárias de 86.108 trabalhadores, em 2013, para 46.730 em 2023.
Esse enxugamento teve um alto custo humano, afetando a saúde e segurança dos trabalhadores. A falta de reposição adequada compromete a segurança operacional, o respeito ao meio ambiente e a função social da empresa.
A FUP e a FNP também apontaram a necessidade de revisão da política de terceirização e a adoção de uma metodologia participativa para estudos de efetivos, considerando fatores como ergonomia e condições de trabalho.