Assembleia aprova estado de greve em defesa do teletrabalho Assembleia aprova estado de greve em defesa do teletrabalho

Notícias, Tribuna Livre | 27 de fevereiro de 2025

Mobilizações em defesa do teletrabalho aconteceram nas diversas unidades da Petrobrás pelo país, no Dia Nacional de Luta promovido pelas entidades sindicais. Em Minas, no dia 26 de fevereiro, trabalhadoras e  trabalhadores petroleiros do administrativo realizaram assembleia com atraso na entrada e aprovaram, por aclamação, o indicativo de estado de greve, defendido pelo Sindipetro/MG. 

A assembleia na grama da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, reuniu tanto os trabalhadores de gerências da refinaria e da Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-IBT), como os da Sede, atualmente lotados em espaços de coworking nas unidades operacionais.  

“Foi uma assembleia histórica em Minas, pela boa participação de trabalhadores do regime administrativo, em teletrabalho, que aprovaram o estado de greve, como forma de intensificar ainda mais as nossas lutas. Esse foi o primeiro passo dado, de uma luta que precisa escalar e se nacionalizar, para abrir a negociação com a gestão da Petrobrás”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG. 

No Dia Nacional de Luta pelo Teletrabalho, houve uma paralisação de 24 horas dos trabalhadores da principal base administrativa da empresa, no Rio de Janeiro. Com palavras de ordem, como “nem um passo atrás” e “negociação coletiva já”, a categoria mostrou que está disposta a intensificar a luta para pressionar que seja aberto um canal de negociação com empresa, para impedir retrocessos nesse tema. 

Também houve grande participação dos trabalhadores do administrativo das várias unidades onde aconteceram as mobilizações da campanha “Teletrabalho: nem um passo atrás”. A campanha foi iniciada após o anúncio das medidas unilaterais tomadas pela gestão de Magda Chambriard relativas à escala de trabalho.

A reivindicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que atuam de forma unificada nesta pauta, é que as regras de teletrabalho sejam negociadas em acordo coletivo de trabalho. “Somente por meio de negociações coletivas com os sindicatos, os direitos dos trabalhadores estarão garantidos e serão respeitados. Queremos que haja um diálogo aberto sobre as condições de trabalho, inclusive com a inclusão do teletrabalho como cláusula do ACT”, frisa Guilherme Alves.