Acidente grave com feridos na plataforma PCH-1O grave acidente na plataforma PCH-1, na Bacia de Campos, ocorrido no dia 21/04, deixou 32 petroleiros feridos, — 7 estão hospitalizados, após sofrerem queimaduras e inalarem fumaça, sendo que 4 estão na UTI— e escancarou a falta de preparo da Petrobrás para emergências com múltiplos atingidos. A PCH-1 está em processo final de venda para a empresa britânica Perenco, após privatização e sucateamento durante o governo Bolsonaro.
O incêndio, causado por uma explosão às 7h20, durou quatro horas e provocou cenas de desespero, com rotas de fuga interditadas e trabalhadores atravessando fumaça e chamas para escapar. Um deles caiu no mar e foi resgatado com queimaduras. A bordo estavam 176 pessoas. A previsão é de que menos de 100 permaneçam na unidade.
O coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, criticou duramente a condução da resposta ao acidente. “A empresa não está preparada para esse tipo de situação. Vamos cobrar isso com firmeza”, afirmou em vídeo.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) alerta para a urgência de uma política que assegure investimentos contínuos em manutenção, segurança e infraestrutura nas plataformas. “O que aconteceu em Cherne 1 poderia ter sido evitado. São vidas colocadas em risco por negligência e falta de planejamento. Não podemos permitir que a falta de investimento em manutenção e segurança faça com que as unidades sejam espaços de vulnerabilidade para os trabalhadores”, afirmou Sérgio Borges, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
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