Nos dias 24 e 25 de abril, aconteceram as duas últimas reuniões do cronograma de negociação com a Petrobrás após a greve de advertência. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) exigiu medidas efetivas da empresa e reforçou a necessidade de ações concretas da Petrobrás para garantir melhores condições de trabalho e segurança para a categoria petroleira.
Na Comissão de Frequência, Regime de Turno e Teletrabalho, realizada em 24 de abril, a FUP cobrou uma proposta concreta sobre o teletrabalho e o fim do saldo AF. Na reunião, a Federação destacou temas que vêm sendo discutidos há anos sem avanços significativos como questões relativas a bancos de horas e jornadas exaustivas. Um dos temas centrais da reunião foi Hora Extra e Troca de Turno (HETT). Também foram cobrados o aumento do efetivo, com a perspectiva de zerar o cadastro de reserva e o abono dos dias da greve de 24 horas realizada no dia 26 de março. A empresa ficou de apresentar respostas nas próximas reuniões, previstas para os primeiros dias de maio.
Já na reunião da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS), em 25 de abril, a FUP denunciou omissões da Petrobrás, especialmente após o grave acidente na Bacia de Campos. Entre os principais pontos da pauta destacaram-se questões como a piora nas condições dos casos de saúde mental entre os trabalhadores e trabalhadoras, a falta de efetivo, a precarização dos treinamentos e falhas nos exames ocupacionais.
A FUP enfatizou a inércia da empresa diante de problemas estruturais que vêm se acumulando há anos. “Desde os governos anteriores, vemos a dificuldade de termos avanços concretos nessas pautas. E agora, com as recentes fatalidades e acidentes graves, como a explosão na plataforma Cherne 1, fica evidente que algo precisa mudar com urgência”, afirmou Cibele Vieira, diretora da FUP.