1º de Maio: classe trabalhadora em luta 1º de Maio: classe trabalhadora em luta

Notícias, Tribuna Livre | 30 de abril de 2025

Há mais de 100 anos, trabalhadores e trabalhadoras se manifestam contra a exploração e celebram as suas conquistas no 1º de maio, data oficializada no Brasil desde 1924, como Dia Internacional do Trabalhador. Ao longo dos anos, a data se consolidou como um dia de luta da classe trabalhadora por melhores condições de trabalho e de vida. 

Agência Brasil

Este ano, o 1º de maio foi lembrado com atos em Minas Gerais e várias partes do país, sendo precedido por uma grande marcha em Brasília, organizada pelas centrais sindicais em 29/04. Trabalhadores de diferentes categorias e cidades se uniram em defesa da pauta da classe trabalhadora, entregue ao presidente Lula, à Câmara dos Deputados e ao Senado. Entre os diversos temas da pauta estão o fim da escala 6X1; a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos. 

Nesse contexto, a categoria petroleira também entra no mês de maio reafirmando as suas pautas históricas por melhores condições de trabalho, SMS e retomada de direitos. O próximo período será marcado por negociações sobre o Plano de Cargos, ACT, remuneração variável, regime de trabalho, entre outras pautas da recente greve nacional de advertência.

O movimento sindical petroleiro tem lutado pela reconstrução da Petrobrás, após um período nefasto de sucateamento da empresa e privatizações. A luta também é em defesa das negociações coletivas, com relações mais democráticas com a representação sindical, assim como por salários e benefícios justos e dignos, especialmente para os trabalhadores e trabalhadoras das empresas que prestam serviços para a Petrobrás. Os trabalhadores contratados são os que mais sofrem desrespeito com atrasos de salários e calotes de verbas trabalhistas. A categoria petroleira tem sido solidária na defesa de melhorias desse segmento junto à gestão da empresa. 

A exploração dos trabalhadores e da falta de investimentos costuma ter como consequência casos de acidentes e problemas de saúde, nos quais são os trabalhadores que, muitas vezes, pagam com a própria vida. No Brasil, a cada 50 segundos, um acidente de trabalho é notificado ao INSS. Na Petrobrás, o episódio mais recente, deixando vários feridos, foi o incêndio na plataforma PCH-1, na Bacia de Campos, ocorrido no dia 21/04. 

A luta sindical também é pela vida. Desta forma, esperamos que o 1º de Maio, seja um marco de reafirmação da consciência de classe e valorização da força de trabalho que move o mundo. E haja, para toda a classe trabalhadora, condições dignas de vida numa sociedade com mais igualdade social. 

Sindipetro/MG