Terceirizada Elfe atrasa salários na UTE-Ibirité

O Sindipetro/MG recebeu, nas últimas semanas, uma série de denúncias sobre o atraso no pagamento de salários dos trabalhadores terceirizados da empresa Elfe, na Usina Termelétrica de Ibirité (UTE–Ibirité). Com o atraso, trabalhadores se recusam a desempenhar as atividades sem receber.

A terceirizada assumiu o contrato na Usina Termelétrica no início de 2021, sendo responsável por prestar serviços de jardinagem, limpeza e manutenção predial. Além dos atrasos no pagamento de salários, trabalhadores terceirizados da Elfe denunciam o acúmulo de trabalho, resultado de equipes reduzidas, e de pressão dos superiores por produtividade na execução dos serviços.

“É inadmissível essa situação dentro da maior empresa da América Latina. O pagamento só não atrasou mais porque a peãozada se mobilizou e se recusou a trabalhar. Chega a ser ainda mais cruel um atraso desses às vésperas das festas de fim de ano.”, afirma Felipe Pinheiro, diretor do Sindipetro/MG e da CUT Minas e técnico de operação na Usina de Ibirité.

Problemas com a Elfe já viraram rotina

A Empresa já gerou transtornos no pagamento do vale alimentação e do transporte. Além de atrasos no pagamento de salário, trabalhadores também denunciam atrasos no depósito do FGTS, um completo descaso com os direitos trabalhistas.

Na Bahia, trabalhadores sofreram com os mesmos problemas. Atrasos de salários e não cumprimento da lei, como o pagamento de gratificação por férias, viraram rotina para os trabalhadores do contrato Cerb e do contrato Petrobrás (Taquipe). O Sindipetro/BA paralisou as atividades do contrato Cerb até que a empresa cumprisse com os acordos firmados com o Sindicato.

Sindipetro/MG cobra posicionamento

Trabalhadores terceirizados sofrem cotidianamente com salários reduzidos e jornadas precarizadas, os atrasos e a negativa da Elfe em pagar direitos garantidos por lei são inadmissíveis. O Diretor Felipe Pinheiro ressalta que “a Petrobrás é corresponsável e paga pelo serviço, então não dá para aceitar um absurdo desses mais.”

Em Reunião do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) nesta quarta-feira (15), o Sindipetro/MG cobrou a Gerência da UTE-Ibirité sobre a grave situação envolvendo a Elfe, inclusive em relação aos riscos para a segurança dos empregados que trabalham nessa condição. A Gerência da Usina admitiu a gravidade do caso e se comprometeu a buscar a responsabilização da empresa e solucionar o problema.