Sob as palavras de ordem “PETRÓLEO, ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS”, cerca de 200 manifestantes de diversos movimentos sociais e sindicais protestaram em frente ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) na manhã de hoje, 14, contra a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A manifestação denunciou a falta de respeito do governo atual ao colocar à venda a riqueza do país. “Este ato é uma denúncia contra os leilões, pois eles são um retrocesso que ameaça a soberania nacional”, pontuou o diretor do Sindipetro/MG, José Maria. A líder do MAB, Sônia Maria, aproveitou o ensejo para destacar a falta de respeito com os atingidos por barragens, que não recebem indenização e sofrem com o descaso dos órgãos públicos.
JULGAMENTO DO MASSACRE DE FELISBURGO É CANCELADO
Além da denúncia contra os leilões, os companheiros do MST
reivindicaram justiça no julgamento do réu confesso Adriano Chafik, responsável pelo Massacre de Felisburgo. O julgamento, que estava previsto para o dia 15 de maio, foi mais uma vez cancelado. Em novembro, o crime que ceifou a vida de cinco trabalhadores sem-terra no acampamento Terra Prometida, na cidade de Felisburgo, completará nove anos.
REIVINDICAÇÃO DE MORADIAS
O Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MBL), representado pelos moradores da Ocupação Eliana Silva, exigiram investimento em moradias. “Nós não somos vândalos para sermos recebidos pela polícia! Estamos aqui para dizer ao governo que o dinheiro do petróleo é do povo, e ele deve ser investido em moradia e educação para os brasileiros”, pontuou o líder, Leonardo Péricles.
MARCHA
Após o ato, os manifestantes desceram a Avenida Afonso Pena até a Prefeitura de Belo Horizonte, onde se uniram aos servidores municipais que estão em greve desde o dia 30 de abril por melhores salário e condições de emprego. Durante a mobilização, houve distribuição gratuita do jornal Brasil de Fato, que agora tem a edição própria em Minas Gerais.