“A REPÚBLICA DO PÓ”
No final do mês de novembro surgiu a notícia de que a Polícia Federal fez a apreensão de mais de 400 kg de cocaína em pasta. O fato ocorreu em uma fazenda no Espírito Santo. A droga estava sendo retirada de um helicóptero, que mais tarde se comprovou, pertencente ao deputado estadual pelo partido Solidariedade, Gustavo Perrela. Ele é filho do senador pelo PDT, José Perrela, aliado de Aécio Neves, que assumiu o cargo após a morte de Itamar Franco. O combustível do helicóptero era comprado com dinheiro da Assembleia Legislativa de Minas e em algumas ocasiões com dinheiro do Senado. O piloto estava lotado na assembleia e recebia R$ 1.700 por mês, mesmo sem nunca ter comparecido ao trabalho. Com o escândalo, ele foi exonerado e está preso.
O helicóptero saiu da cidade de Avaré, em São Paulo. Depois pousou em algumas cidades, parou em Divinópolis, já em Minas Gerais, e seguiu para o Espírito Santo. Alguns analistas avaliam que o valor da cocaína gira em torno de R$100 milhões e é provável que iria para a Europa. O deputado estadual, Gustavo Perrela, disse que não sabia sobre o transporte de cocaína no seu helicóptero.
Mas parece que tudo pode acabar em pizza! A “República do Pó” vai mostrando sua força. A prisão do piloto do helicóptero, que havia sido em flagrante, foi relaxada para preventiva. O deputado Gustavo Perrela está tendo regalias para depor: seu carro entrou nas dependências da Polícia Federal em Belo Horizonte sem parar no portão de entrada para revistas, como é rotina. O juiz federal do Espírito Santo, que recebeu o inquérito, está querendo remetê-lo para justiça militar. Aécio tem procurado todos os partidos na tentativa de impedir que não usem esse caso na campanha eleitoral. A Polícia Federal está investigando o caso.
Com informações: Novo Jornal
A CORRUPÇÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO E NA PREFEITURA DE SÃO PAULO
O Estado de São Paulo é comandado pelo PSDB há mais de 20 anos. Em pelo menos 10, o transporte público, principalmente o metrô da capital, vem sendo devastado pela corrupção dos governos Covas, Serra e Alckmin. Milhares de reais em propinas das empresas Alstom e Siemens chegaram à cúpula tucana, que domina a política paulista.
Tanto a Siemens, quanto a Alstom, já foram condenadas no exterior por causa de suas práticas desonestas em diversos países, inclusive no Brasil, leia-se São Paulo e o Distrito Federal do ex-governador Arruda, ex-DEM. O Brasil está sendo o último país a investigar as autoridades locais nesse esquema milionário de corrupção. Mesmo com a demora, e o boicote de parte do Ministério Público de São Paulo, as investigações estão andando e chegando aos tucanos de alta plumagem. A Polícia Federal entrou nas investigações e eles estão apavorados. Deram até uma entrevista à imprensa amiga atacando o ministro da Justiça. Temem, que agora, não vão ter como esconder o caixa dois do PSDB. Caixa dois que irrigou diversas campanhas eleitorais, inclusive a de FHC.
A descoberta da máfia dos fiscais na Prefeitura paulistana é outro escândalo que atinge em cheio os tucanos e seus aliados. É um esquema que vem da época em que Serra era prefeito, e passou incólume pela gestão de Gilberto Kassab, até ser desbaratada na administração de Fernando Haddad. Os prejuízos a cidade de São Paulo podem chegar a R$ 500 milhões, que tiveram como destino o caixa dois do PSDB ou contas em paraísos fiscais no exterior.
A IMPRENSA “MORALISTA” – O PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA (PIG)
Desde a descoberta do “mensalão”, a imprensa não para de denunciar a corrupção no governo federal. As acusações contra o PT são quase que diárias, mesmo sem provas. O último ato do “mensalão” foi a prisão dos condenados pelo STF. Um verdadeiro show midiático, para levar para Brasília José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Parecia um novo “Big Brother” sob comando da Globo. Foi um linchamento público digno da Idade Média. A imprensa queria “sangue” e Joaquim Barbosa lhes proporcionou o que queriam. Não bastou a prisão. Teve a exposição pública para a mídia atiçar o seu instinto de vingança. Vingança contra um projeto político que os derrotou três vezes e vai lhes impor a quarta derrota. Por isso, mesmo depois de presos, a mídia cobra “mais rigor” com os prisioneiros e coloca o ministro
Joaquim Barbosa como o novo “justiceiro” brasileiro, além de um possível candidato à Presidência em 2014. Pois bem, não se vê essa mesma fúria moralista da imprensa quando se trata de denúncias envolvendo os tucanos e seus aliados. Tanto na questão da cocaína, como nas denúncias de propinas no escândalo do metrô e a corrupção deslavada na Prefeitura de São Paulo, quase nada é divulgado na mídia tradicional. Quando coloca a notícia, não coloca os nomes dos governadores, prefeitos ou partidos envolvidos, que são todos do PSDB ou aliados. Os prejuízos aos cofres paulistas de todas essas falcatruas giram em torno de R$ 1 bilhão. Apesar dos altos valores, a mídia praticamente ignora as atrapalhadas do PSDB contra o povo.
Enquanto o PIG age com fúria moralista contra o PT, com o PSDB o moralismo passa longe. A explicação para essa atitude é porque os donos dos jornais, rádios e TVs do Brasil defendem a mesma ideologia do PSDB, que é o NEOLIBERALISMO. O principal objetivo é retirar o projeto popular que está no poder, e voltar com o projeto de direita sob o comando do PSDB ou algum outro candidato de oposição. Como esse projeto neoliberal já foi recusado pelo povo em três eleições, tentam um “golpe” por meio de uma “cruzada moralista” contra o PT e aliados, porque eles sabem que em 2014 vamos derrotá-los mais uma vez.
Sindipetro/MG