Um mar de manifestantes tomou conta das ruas de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (13), durante ato em apoio à Petrobras, à reforma política e aos direitos dos trabalhadores. Representantes de diferentes movimentos sociais, sindicais e da sociedade civil marcharam pelo centro da Capital gritando e cantando palavras de ordem.
O ato começou por volta das 17h30, na Praça Afonso Arinos, onde os manifestantes fizeram concentração. Eles seguiram em marcha até a Praça Sete, onde permaneceram até à noite. Ao som de batucada, os manifestantes gritaram e cantaram frases sobre diferentes temas. Eles pediram mais democracia na política, reforma política e a punição dos envolvidos no Lava-Jato. O famoso jargão “A Petrobras é nossa” também marcou o protesto.
A manifestação conta os pedidos de impeachment da presidente também marcou o ato. Entre as marchinhas puxadas estavam uma que dizia “Pede a elite que respeite as eleições ou paramos ao Brasil”. Outra animava os manifestantes com a frase: “Quem não pula é golpista”.
“Foi uma marcha muito bonita e surpreendente: vieram populares, aposentados, pessoas com muletas e cadeiras de roda. Nos gritos contra o golpe o clima não era apenas de defesa de um governo, mas da democracia”, relata Thiago Alves, da coordenação estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Para o coordenador do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG), Leopoldino Martins, o ato teve um balanço positivo e, segundo ele, esse é a penas o começo da lura em defesa da Petrobras. “Estamos vendo uma paralisia na economia por causa da Petrobras e isso afeta a todos: governo, empresários e trabalhadores. Queremos que os corruptos sejam punidos e a empresa volte a investir”, diz.
Em sua página no Facebook a presidente da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, elogiou o ato chamando a atenção para a pluralidade da manifestação. “Neste 13 de março as ruas de Belo Horizonte foram tomadas por uma multidão plural, vinda de vários lugares: movimento sindical, social, juventude e partidos políticos! Muito bonito! Orgulho da nossa capacidade de mobilização!”, escreveu.