O Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas (CNAP), que reúne representantes desta parte da categoria petroleira de todo país, foi realizado nos dias 19 e 20 de maio em Belo Horizonte.
Na terça-feira, 19, os participantes expuseram os diversos problemas que vêm enfrentando no Benefício Farmácia. Os principais pontos abordados foram o atendimento deficitário da Global Saúde, a dificuldade em realizar o recadastramento e a liberação dos medicamentos. Os aposentados e pensionistas demonstraram preocupação diante da capacidade da nova operadora em atender a categoria. Além disso, cobraram ajustes nas falhas e repudiaram a tentativa da Petrobrás de culpar os usuários por mau uso do sistema, a fim de justificar os diversos erros apresentados.
Já na quarta-feira, 20, foram apresentadas as propostas para a pauta de reivindicações para o Acordo Coletivo 2015/2017. Os aposentados e pensionistas priorizaram a construção de uma pauta enxuta e trabalharam em cima do Acordo Coletivo 2013/2015. Assim, eles discutiram a ampliação do programa Jovem Universitário e o melhorias na AMS.
Os encaminhamentos do conselho serão apresentados na V Plenafup, que acontecerá na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, São Paulo, se somando a luta por mais direitos das petroleiras e petroleiros da ativa.
Planos Petros I e II
Antes da abertura oficial do Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas, foi feita na sede do Sindipetro/MG, uma contextualização histórica do fundo de pensão e apresentado o déficit técnico do Plano Petros do Sistema Petrobrás e as Demonstrações Contábeis do Plano Petros 2. O relatório foi explanado pelo diretor da Secretaria de Assuntos Jurídicos e Institucionais da FUP, Paulo César Martin e comentado pelo consultor em previdência complementar e saúde suplementar, João Roberto Rodarte, do Escritório Rodarte Nogueira.
Cabe lembrar, que o balanço ainda não foi auditado pelo órgão fiscalizador, a Previc. A Petros tem até 31 de julho para apresentar e após este procedimento, terá mais 30 dias para fazer a divulgação e dar conhecimento aos participantes e assistidos.
O coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, fez uma breve análise da atual conjuntura, apontando a necessidade de os trabalhadores se posicionarem frente a CPI da Petros, fruto da Operação Lava Jato, que está por vir. “Somos classe operária e não podemos perder o nosso DNA. Mesmo tendo conquistado inúmeras coisas, somos trabalhadores e, por isso, temos que ter clareza de que lado nós estamos”.
Sindipetro/MG