Na última sexta-feira, dia 29 de maio, diversas categorias paralisaram atividades, realizaram atos, mobilizações e se uniram no ato público que levou mais de 5 mil pessoas às ruas de Belo Horizonte.
Os diretores do Sindipetro/MG participaram da manifestação que começou às 5 horas no Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região. E, no ato que aconteceu no período da tarde, a categoria petroleira marcou presença. A manifestação começou às 16 horas na Praça Afonso Arinos e só terminou por volta as 19 horas, após marcha até a Praça Sete.
“O dia de hoje foi de luta em Belo Horizonte. Um dia histórico para os movimentos sindical e sociais de Minas Gerais e do Brasil. A ocupação do Ministério da Fazenda pelo MST e o MAB foi um recado a governo federal de que não vamos aceitar que o ajuste fiscal caia nas costas de trabalhadoras e trabalhadores. Não vamos aceitar a terceirização, que vem adoecendo, mutilando e matando a classe trabalhadora. Foi um dia em os metroviários, a rede estadual de ensino, os Correios, os bancários pararam contra a terceirização. Estamos todos de parabéns, principalmente os metroviários, que atenderam ao chamado e paralisaram todas as estações. Fizemos um grande ato, unimos o campo e a cidade e, desta forma, vamos derrotar a terceirização e o ajuste fiscal”, disse Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.
No início da tarde, os movimentos sindical e sociais participaram de audiência pública sobre terceirização e retirada de direitos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença do senador Paulo Paim (PT/RS).
Os metroviários, coordenados pelo Sindimetro-MG, pararam as 19 estações de metrô de Belo Horizonte. Rodoviários paralisaram as atividades nas estações Diamante, Barreiro e Pampulha no horário de pico. Várias agências bancárias foram fechadas, principalmente no Centro da capital mineira. A maioria dos trabalhadores e das trabalhadoras dos Correios também fez greve de 24 horas.
Militantes e dirigentes do MST, do MAB e da Fetaemg ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda. Eles fecharam o trânsito da Praça da Estação e saíram em passeata até o ministério. “Ocuparemos os prédios do Ministério da Fazenda enquanto o Joaquim Levy ocupar o cargo de ministro. Ele tem prazo de validade. Estamos aqui pela pauta nacional, contra o ajuste fiscal, que Joaquim Levy simboliza, a terceirização e em defesa da democracia e da reforma agrária. A reforma agrária não sai por conta da política e do contingenciamento de recursos”, disse Silvio Netto, coordenador do MST. A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, participou da manifestação no Ministério da Fazenda e levou o apoio da Central ao movimento.
Servidoras e servidores municipais de Belo Horizonte realizaram manifestação em frente ao Shopping Cidade. Em greve desde a última segunda-feira (25), eles reivindicam 25% de reajuste salarial, entre outros itens da pauta, mas a prefeitura (PBH) anunciou que não vai conceder aumento porque houve queda na arrecadação. Os manifestantes saíram em passeata até a Praça Sete.
Trabalhadoras e trabalhadoras da Master Brasil paralisaram as atividades e fizeram manifestação em frente à empresa de telemarketing, localizada na avenida Amazonas, na Região Central. Eles reivindicam reajuste salarial, aumento no valor do tíquete refeição, fim do assédio moral e das metas abusivas e melhores condições de trabalho.
Na Praça Sete, CUT, Sintect-MG, Sindimetro-MG e o Movimento Mundo do Trabalho realizaram durante todo o dia mobilização contra o projeto da terceirização sem limites e dialogaram com a população sobre os efeitos nefastos da proposta sobre a classe trabalhadora e a sociedade.