Nessa semana, a Câmara dos Deputados voltou a discutir a Contra-Reforma de Eduardo Cunha. Ao todo, quatro pautas foram colocadas para debate: obrigatoriedade do voto, cota de gênero, adoção do sistema de federeção e duração dos cargos políticos.
A pauta de gênero foi o grande foco dos movimentos sociais e sindicais. As mulheres representam 51% da população brasileira. Porém, ocupam apenas 9% da Câmara dos Deputados. Não é possível falar em democracia, se as mulheres não estiverem representadas no Congresso. A luta pela cota de gênero passa pela desconstrução da cultura machista e patriarcal, que está impregnada em nossa sociedade.
Devido ao golpe de Eduardo Cunha, o projeto que reservava 50% das cadeiras às mulheres, foi reduzido para 20%. Enquanto Cunha impedir o acesso das mulheres aos espaços políticos, ele evita que pautas progressistas sejam debatidas em plenário. Cunha não impede apenas as mulheres, ao não pautar os negros, indígenas e homossexuais, Eduardo Cunha restringe a política aos homens brancos. Netos ou bisnetos dos coronéis do passado.
Devemos lutar juntos, homens e mulheres, pela garantia de instrumentos que possibilitem a participação das mulheres na política. E combater o capitalismo patriarcal e o retrocesso de Eduardo Cunha. Reconhecer que lugar de mulher, é onde ela quiser, não é um favor. É um dever que temos, devido a exclusão milenar dos seus direitos.
Sindipetro/MG