No próximo dia 24, a FUP e seus sindicatos convocam os petroleiros para uma greve nacional de 24 horas, contra o novo plano de Gestão e Negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimônio da estatal. Isso significará o desmantelamento do Sistema Petrobrás, colocando em risco empregos, direitos e conquistas sociais. A BR já está em processo de abertura de capital e outros ativos estratégicos serão entregues ao mercado, se os trabalhadores não barrarem esse ataque.
Por isso, os petroleiros que participaram da 5ª Plenafup, realizada entre os dia 01 e 05 de julho, em Guararema (SP), aprovaram por unanimidade que a prioridade da categoria é a luta em defesa da Petrobrás e do pré-sal. A Plenária acolheu as pautas de reivindicações aprovadas nos congressos regionais, que foram encaminhadas para discussão em um Conselho Deliberativo ampliado, que a FUP e seus sindicatos realizarão na primeira semana de agosto, em Brasília.
Também por unanimidade, a 5ª Plenafup aprovou o indicativo de uma grande greve nacional e uma pauta política unificada, que já foi protocolada na Petrobrás no dia 07, onde os petroleiros se manifestam contra os desinvestimentos e propõem ações para que a estatal continue sendo como uma empresa integrada de energia, investindo e gerando empregos no País, em todos os segmentos em que atua. Acesse a íntegra da pauta: http://migre.me/qHMHg
Luta inspirada em 1995
Os sindicatos já iniciaram assembleias, que prosseguem até o dia 17, onde os trabalhadores estão aprovando os indicativos da FUP de estado de greve e de assembleia permanente. Na terça-feira, 14, os petroleiros iniciam uma série de mobilizações, com atos em Brasília e em diversas unidades da empresa, que culminarão na paralisação de 24 horas no dia 24 de julho. É apenas o começo de uma árdua batalha, que remonta a 1995, quando os trabalhadores da Petrobrás realizaram a maior greve da categoria e impediram a privatização da empresa. Vinte anos depois, os petroleiros são novamente chamados à luta.
Calendário de luta