Mais uma vez, os representantes da categoria petroleira foram recebidos de forma truculenta no Senado Federal. Na tarde desta quarta-feira, 12, os diretores da FUP e dos sindicatos foram impedidos de acompanhar a sessão que irá instalar a Comissão Especial para debater o Projeto de Lei 131, do senador tucano, José Serra. A FUP conquistou liminar, assegurando aos dirigentes da entidade pleno acesso ao Senado, entretanto, a decisão foi desrespeitada. O argumento da Polícia Legislativa é de que a liminar precisa da assinatura do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) que obviamente, não tem interesse algum em permitir que os trabalhadores acompanhem o debate desta comissão. Os diretores do Sindipetro/MG, Gildo Almeida e Felipe Pinheiro, estão entre os dirigentes barrados.
No dia 17 de julho, de forma truculenta, Renan autorizou a polícia parlamentar a retirar os petroleiros à força das galerias do plenário. Dirigentes da FUP e do Sindipetro Unificado-SP foram violentamente atacados pelos seguranças, que utilizaram choque elétrico e cassetetes contra os trabalhadores. Mesmo assim, os petroleiros conseguiram derrubar o regime de urgência em que se encontrava o PLS 131 e, desde então, seguem resistindo às manobras que tentam apressar a tramitação do projeto. O PLS 131, nada mais é do que uma proposta entreguista, que quer retirar da Petrobrás a condição de operadora única do pré-sal e acabar com a obrigatoriedade legal da empresa participar em pelo menos 30% das áreas exploratórias. Somos contra e vamos à luta até o fim para garantir o controle do pré-sal à Petrobrás.
com informações da FUP