Gestão da Petrobrás amarga três acidentes em um mês Gestão da Petrobrás amarga três acidentes em um mês

Diversos, Notícias, De que lado você está?, Tribuna Livre, Novidades | 6 de setembro de 2018

refinaria-duque-de-caxias-reduc-1-cortadoO descaso da atual gestão da Petrobrás com a segurança em suas unidades levou a mais um acidente. Desta vez, um vazamento de gás H2S deixou quatro trabalhadores intoxicados na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no interior do Rio de Janeiro, no dia 31 de agosto. Esse foi o terceiro acidente grave em unidades de refino da empresa em menos de um mês.

O vazamento na Reduc aconteceu durante o processo de partida operacional. Durante o acidente, uma equipe de profissionais estava abrindo a linha do flare para a instalação de uma raquete. Com o vazamento, quatro trabalhadores terceirizados da empresa Herbert Engenharia desmaiaram na área, devido a contaminação pelo gás tóxico.

O vazamento foi contido pela brigada de incêndio e pelos operadores da unidade. Os trabalhadores acidentados foram atendidos pela equipe médica e estão fora de risco.

Em todos os três acidentes registrados no refino em agosto, as hipóteses mais prováveis são de que tenham sido causados por falta de manutenção. Isso porque, ao objetivar o aumento dos lucros para os acionistas e deixar as unidades mais interessantes à privatização, a Petrobrás cortou investimentos em manutenção, segurança, capacitação, etc.

Além disso, a redução de pessoal via sucessivos PIDV’s também tem aumentado o risco nas unidades. Isso porque os trabalhadores precisam realizar muitas horas extras e acabam trabalhando cansados em razão da jornada de trabalho excessiva.

Outros acidentes

Em 20 de agosto, um incêndio atingiu a Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo. O fogo teve início após a explosão de um tanque de águas ácidas. Por causa do acidente e da insegurança, a unidade precisou ser interditada.

Já no dia 6, um vazamento de ácido sulfúrico 98% deixou três trabalhadores feridos na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Uma das vítimas sofreu queimaduras graves em 20% do corpo e ainda está em recuperação.

A insegurança também está presente em outras áreas da Petrobrás. Só este ano, a empresa já contabiliza três mortes: um trabalhador morreu em fevereiro em um acidente no campo de produção terrestre de Fazenda Bálsamo, na Bahia.

Outro faleceu durante acidente no Terminal de Osório (Tedut), no Rio Grande do Sul. E um mergulhador morreu em agosto em um acidente em um campo de produção da Bacia de Santos (SP).