“Fora Bolsonaro se tornou uma questão sanitária” “Fora Bolsonaro se tornou uma questão sanitária”

Diversos, Notícias | 16 de junho de 2021

Assim resume o coordenador geral do Sindipetro MG, Alexandre Finamori, sobre a importância dos atos convocados para o dia 19 de junho, próximo sábado. “Hoje, para salvar a população e proteger a vida, é necessário a vacina e a saída do Bolsonaro”, detalha Alexandre.  “A nossa categoria, que sempre foi muito atuante politicamente, não pode se furtar a essa necessidade de colocar um  basta nesse desmonte do Estado, dos direitos, nas ações do governo Bolsonaro, que está colocando em risco a vida de todos, mais do que o próprio vírus”, convida.

A mobilização contra o governo também passa por defender as empresas públicas. “É momento de unir a outras categorias e aos movimentos sociais na luta contra a privatização da Petrobrás e de outras estatais e contra a destruição do serviço público, como previsto na proposta de Reforma Administrativa”, destaca Felipe Pinheiro, diretor do Sindipetro MG e da Central Única dos Trabalhadores de Minas. 

O ato, que vai acontecer em várias regiões do país e em pelo menos 40 cidades de Minas Gerais, tem como lema nacional “Vacina no braço, comida no prato”.

Em Belo Horizonte, a concentração será às 13h30, na Praça da Liberdade. O ponto de encontro da CUT Minas será na esquina com Avenida Brasil.

Condições de segurança

“A categoria petroleira está trabalhando desde o começo da pandemia. Uma parte em trabalho remoto, e uma boa parte – a maioria – presencialmente. Essas pessoas estão sendo prejudicadas pela política deste governo, na medida que não tiveram acesso à vacina, até hoje – e poderiam já ter tido, muito antes, com base no que a CPI tem apurado”, reforça Anselmo Braga, diretor do Sindipetro. Ele também destaca o sucateamento da Petrobrás e o processo de venda das refinarias, que inclui a Regap. 

“Nossa categoria tem usado máscaras no trabalho, nas setorizadas, e precisamos de ir de máscaras para as ruas, contra esse governo”, convida.

As organizações que constroem o ato chamam atenção para a necessidade de serem observadas todas as condições de segurança, como uso de máscaras e distanciamento. As mesmas orientações foram feitas no dia 29 de maio, quando milhares de pessoas foram às ruas em todo o país.

“Nós, petroleiras e petroleiros, temos muito por que lutar, Além das pautas comuns de toda a sociedade, estamos lutando contra a política da direção da Petrobrás, que nos expõe diuturnamente a riscos de acidentes e contaminação pelo COVID-19, que tenta acabar com nossos direitos e empregos, que sucateia a Petros e a AMS. Lutamos contra a privatização da Petrobras e suas subsidiárias, bem como pela reestatização do que já foi entregue. As lutas unificadas nos tornam mais fortes para defendermos nossas bandeiras”, defende Eugênio Macedo, também diretor do sindicato.

Pelo direito ao futuro

Os diretores lembram que o processo de desmonte da estatal passa ainda pelo processo de tentativa de privatização da Petrobrás Biocombustível, sem garantia para os trabalhadores das usinas – como os de Montes Claros, no Norte de Minas -, e também sem preocupação com os agricultores familiares, o desenvolvimento regional e a construção de transição energética, que deveria ser papel da Petrobrás. A categoria segue mobilizada em defesa dos empregos, da usina e do desenvolvimento em Montes Claros e no país. 

Várias outras questões afetam os petroleiros e suas famílias, como a falta de investimentos. “O quadro geral é tão drástico, que a redução da verba da educação está colocando o cenário de fechamento de instituições, como a UFRJ e o Cefet MG, onde estudaram vários petroleiros. Já vimos como foi feito o processo de venda da RLAM pela metade do preço, do desmonte e entrega da PBio e o desprezo pela saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, que estão se contaminando nas refinarias, plataformas e plantas e bases industriais no geral”, exemplifica Alexandre Finamori.

Vacina para trabalhadores 

“A gestão bolsonarista da empresa tem adotado uma gestão de morte durante a pandemia, com enorme descaso com as condições de segurança da categoria. São milhares de infectados e dezenas de mortes nos últimos meses nas unidades da Petrobrás”, reforça Felipe Pinheiro.

O Sindipetro MG já enviou ofícios questionando a demora na vacinação dos trabalhadores industriais para a Regap e secretarias de saúde de Belo Horizonte, Betim, Juiz de Fora, Ibirité e Montes Claros.

Dia 18 também tem mobilização

No dia 18, serão realizadas setoriais na Regap e em Ibirité, com a discussão de pautas de interesse da categoria, como  o atraso nas vacinas, a situação da greve da PBio e a eleição da Petros.