Sindicato cobra condições para realização de Parada de Manutenção na UTE Ibirité

Foi realizada nesta semana uma reunião do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) na Usina Termelétrica de Ibirité. O diretor do Sindipetro MG Felipe Pinheiro participou, representando o sindicato. Conforme está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho, essas reuniões acontecem a cada dois meses.

A empresa apresentou indicadores de SMS de julho e do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Em seguida, o sindicato apresentou os seguintes questionamentos:

Condição operacional atípica da LV-914: Sindicato mostrou preocupação da operação atípica da válvula LV-914 e da exposição de trabalhadores a uma situação de risco de acidente. Gerência disse que a situação da válvula está estável e que houve restrição ao acesso e intervenção no local;

Rotatividade nas contratadas e na falta do GPI: Sindicato mostrou preocupação com a ampliação da terceirização e contratação de muitos trabalhadores novos na unidade. Sindicato cobrou atenção aos impactos de SMS nessa alta rotatividade e cobrou o retorno do funcionamento do GPI (Grupo de Planejamento de Intervenções);

Saúde mental: Destaque para os transtornos mentais, principal motivo para afastamento ocupacional (2018 a 2020) na unidade. Sindicato cobrou políticas mais eficazes de acompanhamento, especialmente diante do histórico recente muito crítico na unidade;

Ar Condicionado – Sala de Controle: Cobrada celeridade no projeto de melhoria no sistema de ar condicionado do Prédio de Controle. Projeto está em andamento pela Gerência, porém o problema é antigo e a cobrança é recorrente pelo Sindicato nos últimos anos.

Parada de Manutenção

O Sindicato cobrou informações oficiais sobre a Parada de Manutenção prevista para setembro. A preocupação é saber como está o planejamento do SMS para a realização de um evento desses em plena pandemia, com o avanço da variante delta.

A Gerência informou que a Parada será realizada entre 30 de agosto e 14 de setembro e contará, em seu pico de contingente, com 165 pessoas. Em relação aos questionamentos das medidas de segurança frente à pandemia, a gerência informou que todos os trabalhadores não vacinados realizarão o teste de Covid para trabalhar; que máscaras PFF2 serão distribuídas  e serão reforçadas medidas de segurança em alguns locais, com aumento das rotinas de higienização, o aumento da circulação de ar no refeitório e o acompanhamento direto de um técnico de segurança.

“A Parada de Manutenção é importante para a integridade dos equipamentos e da segurança operacional da Usina, porém é preciso que a empresa garanta medidas eficazes de prevenção à Covid-19. Após muita luta do Sindicato, muitos foram vacinados e teremos máscaras PFF2 para todos, mas ainda assim se trata de uma situação preocupante. Grande parte desses trabalhadores ainda não foram imunizados com as duas doses e dezenas de pessoas chegarão para trabalhar vindo de outras empresas e estados, justamente em um momento de circulação da variante delta da Covid-19. Vamos acompanhar de perto e cobrar da Gerência local sobre qualquer situação de descaso ou negligência com a saúde e a vida dos trabalhadores”, reforça Felipe Pinheiro. 

O Sindicato cobrou ainda a instalação de divisórias de acrílico na copa do prédio de Controle. No refeitório da unidade, divisórias solicitadas pelo Sindicato já foram instaladas nas últimas semanas.