Desde o início do período chuvoso, em Outubro de 2021, Minas Gerais já soma em seus registros 19 mortes, 3.482 pessoas desabrigadas e 13.756 desalojadas por conta do volume de chuva que afeta diversas regiões do estado. Ao todo, são 138 cidades destruídas e, até a última quarta-feira (12), 121 rodovias estaduais e federais ainda estavam com obstruções totais ou parciais.
A tragédia em Minas Gerais é resultado de um acúmulo de erros e descasos do governo de Romeu Zema (Novo). O que a população mineira está vendo (e vivendo) é a consequência de uma política neoliberal que, incentivando a extração predatória do minério de ferro, entrega à sorte a vida da população.
As inundações das cidades de Minas Gerais põem à vista a cicatriz que Romeu Zema não se preocupou em curar. Com a enchente, os moradores da Bacia do Rio Paraopeba revivem o crime da Vale em Brumadinho. Os rejeitos de minérios, ainda presentes no rio Paraopeba, seguem matando a terra, destruindo plantações, criações de animais e pastagens. A falta de punição às mineradoras vai matando o povo mineiro de pouco a pouco.
Em meio a nossa solidariedade com as vítimas, também devemos nos colocar na luta para que o governo estadual assuma as suas responsabilidades e melhore as infraestruturas de fiscalização e de suporte às inundações. O estado de Minas Gerais não pode vender a dignidade de seu povo para as mineradoras!