Novo aumento nos preços dos combustíveis e gás de cozinha é falta de respeito com a população Novo aumento nos preços dos combustíveis e gás de cozinha é falta de respeito com a população

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 10 de março de 2022

A gestão bolsonarista da Petrobrás anunciou um novo aumento do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.


A gestão bolsonarista da Petrobrás anunciou  um novo aumento do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. A partir de 11/03, o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, uma alta de 18,8%; valor do diesel vai subir de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, aumento de 24,9%.

O GLP, para as distribuidoras, foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg. Para a população o botijão chega a R$130,00 em alguns lugares, aumentando as dificuldades de sobrevivência das famílias mais pobres. A elevação de preços dos combustíveis tem impacto direto sobre a inflação que passa de 10% ao ano. A justificativa do governo é que sem os aumentos pode haver desabastecimento. Por outro lado, refinarias seguem ociosas e na fila da privatização.

Os aumentos nos combustíveis refletem a política de preços abusiva praticada pela empresa que tem referência no preço do petróleo no mercado internacional e no câmbio. Uma política que dolariza o petróleo para os brasileiros e prioriza lucros exorbitantes para os acionistas em prejuízo do povo brasileiro. É preciso abrasileirar o preço dos combustíveis e garantir que a Petrobrás cumpra o seu papel como empresa pública.

Para Federação Única dos Petroleiros (FUP) o reajuste nesse momento é “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras”, uma vez que foi anunciado enquanto estava em votação no Senado Federal projeto de lei para a estabilização dos preços dos combustíveis.

“Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”, afirmou, em nota, a FUP.