Gerência recua de indicação no TE após pressão  Gerência recua de indicação no TE após pressão

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 17 de maio de 2022

 Após a mobilização da base do TE (Transferência e Estocagem) e denúncia do Sindipetro\MG sobre a indicação de um novo supervisor proveniente de outro setor, a gerência da Regap recuou da medida. 


 

 

Na semana passada, o sindicato encaminhou denúncia sobre a indicação de um novo supervisor para o TE proveniente de outra unidade, enquanto no próprio setor há pessoal qualificado para o cargo. A situação preocupou em função da capacidade técnica específica exigida para atuação no setor e as consequências para a segurança. 

“Foi muito importante a gerência reconhecer o erro e voltar atrás. É imprescindível que a Regap não abra esse precedente, que coloca em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores, principalmente em um quadro de chegada de muitos operadores novos nas unidades e pelos cenários de risco que as unidades têm, principalmente em situações de emergência”, reforça o coordenador do Sindipetro\MG, Alexandre Finamori. 

Existem outros processos de definição de novos supervisores a partir do chamado Projeto Escalada acontecendo em unidades da Regap. O Sindicato mantém o entendimento de que a indicação de empregados de outros setores para o cargo de supervisão é prejudicial para a garantia de condições de trabalho seguras, diante da falta de experiência e capacitação técnica na unidade operacional.

 “Seja qual for o setor ou a pessoa envolvida, o Sindicato seguirá se posicionando de forma contrária a esse tipo de medida da gerência. Entendemos que a segurança e a saúde dos trabalhadores devem estar em primeiro lugar. Nosso objetivo é cobrar responsabilidade da gerência da refinaria para que esse tipo de situação não aconteça”, esclarece. 

O Sindicato denunciou que o Projeto Escalada tem sido usado como instrumento de cooptação de trabalhadores, com a promessa de cargos em detrimento da qualidade técnica ou segurança, numa lógica perversa entre o capital e o trabalho. “Toda essa situação serve de reflexão para todas e todos que participam desses programas mirabolantes criados pela gerência com a falsa promessa de valorização das carreiras. No fim de tudo, ferramentas como GD e Escalada servem apenas para desmobilizar a categoria para a luta contra a precarização das condições de segurança e ambiência nas unidades”, alerta Finamori.