Categoria petroleira exige um ACT digno! Categoria petroleira exige um ACT digno!

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 12 de agosto de 2022

A AMS foi colocada como prioridade na campanha do ACT com afirmação em mesa da pauta sobre retorno da relação de custeio 70×30


por Sindipetro/MG

 

A luta pelos direitos da categoria na campanha do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) se dá em duas frentes: na mesa de negociação entre os dirigentes sindicais e a gestão do Sistema Petrobrás e, nas mobilizações das petroleiras e petroleiros, por meio de assembleias e atos.

As contrapropostas da Petrobrás para o ACT foram rejeitadas e uma nova rodada de negociação foi iniciada com discussões temáticas. No início da primeira reunião, ocorrida em 4/08, a FUP manifestou-se contra a política de redução de efetivos e de sucateamento das unidades operacionais da Petrobrás, principalmente as que foram colocadas à venda, cujo resultado tem sido uma série de acidentes, entre eles a morte do petroleiro Patric Carlos na P-19, no dia 02/08, em um incêndio na Refinaria de Manaus. 

A AMS foi colocada como prioridade na campanha do ACT com afirmação em mesa da pauta sobre retorno da relação de custeio 70×30 e a manutenção da regulamentação da AMS no Acordo Coletivo. A exigência é de que exclua qualquer cláusula referente à APS, criada de forma unilateral. 

A diretoria da Petrobrás propõe arrochar ainda mais os trabalhadores e penalizar os aposentados e pensionistas. Enquanto a gestão da Petrobrás propõe 7% de reajuste salarial para a categoria, valor que não cobre sequer a inflação acumulada entre setembro de 2021 e agosto de 2022, por outro lado, impõe aos beneficiários da AMS reajuste linear de 25% na tabela do grande risco. Isso após a empresa já ter imposto aos trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas reajustes absurdos na AMS, que, de setembro de 2017 até agora, variaram de 33% (para os beneficiários de menor idade e maiores remunerações) a 928% (beneficiários de maior idade e menor remuneração). Nesse mesmo período, os petroleiros do Sistema Petrobrás acumularam perdas salariais, já que os reajustes alcançados foram de 17,7%, enquanto a inflação acumulada está em 21,1%, segundo o IPCA.

Na reunião do dia 5/08, a FUP reafirmou que é inadmissível banco de horas, principalmente para regime especial de trabalho e cobrou que a Petrobrás apresente na próxima reunião um histórico do quantitativo de HEs por unidade. Nas negociações, os sindicatos têm jogado peso na questão da segurança, lembrando que a redução drástica de efetivos é uma realidade que não pode ser escamoteada. 

 

Atos unificados

O Sindipetro/MG tem participado das mobilizações promovidas pela FUP em conjunto com a FNP para fazer avançar as negociações do ACT e reforçar as lutas contra a privatização de refinarias e da Petrobrás. No dia 5/08, o ato na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) em Cubatão contou com a presença do diretor do Sindipetro/MG, Anselmo Braga.  E no dia 11/08, o diretor Guilherme Alves participou do ato na Replan, em Paulínia. Estão previstos atos até o dia 25 de agosto nas diversas unidades da Petrobrás.