8 de março é uma data histórica e um marco de lutas para as trabalhadoras 8 de março é uma data histórica e um marco de lutas para as trabalhadoras

Diversos, Notícias, Tribuna Livre | 10 de março de 2023

Lutas das Mulheres Contra Desigualdade, Machismo e Violência


por Sindipetro/MG

 

O 8 de março é uma data histórica e um marco de lutas para as trabalhadoras. Momento de refletir sobre os problemas e as conquistas das mulheres com foco nos avanços para uma sociedade igualitária. Este ano, os movimentos de mulheres organizaram atos contra o machismo, o fascismo e o racismo reivindicando uma vida digna, direitos e autonomia sobre o próprio corpo. Nas ruas, também se ouviu o grito delas por democracia, sem anistia para os golpistas!

O Sindipetro/MG apoia as lutas dos movimentos populares de mulheres e todas as ações que reduzam a desigualdade de gênero. Para a diretora do Sindipetro/MG, Márcia Nazaré, “é necessário enfrentar as desigualdades de gênero e raça/cor e que as mulheres tenham mais voz na sociedade, via negociação coletiva e políticas públicas”, destaca. Mesmo ainda sendo um hábito entre algumas pessoas e empresas, flores e mensagens romantizadas no dia 8 de março não são bem recebidas por todas as mulheres em “comemoração ao seu dia”. Não que elas não gostem de afeto ou de homenagens, o problema é que, dentro de uma cultura patriarcal, as flores e bombons chegam impregnados de significados machistas.

 

Não romantize o Dia das Mulheres!

Os presentes e os parabéns acabam passando uma mensagem de qual lugar a mulher deve estar e como ela deve se comportar para ser aceita na sociedade, vide o ideal de bela, recatada e do lar. As mulheres agradecem e dispensam as mensagens que destacam a sua delicadeza e doçura, assim como aquele comentário de que, com a sua beleza, ela enfeita o local de trabalho. Quer agradar as mulheres, invista na conscientização e na mudança de atitudes machistas e apoie as lutas feministas.

As mulheres querem ser ouvidas numa reunião de trabalho com homens, sem serem menosprezadas. Querem ser respeitadas por suas escolhas, que podem ser desde cuidar da família a investir na sua carreira, sem ser rotulada de “mãe desnaturada”. Elas não querem ser julgadas pela cor dos cabelos ou pela roupa que escolhem muito menos que o cumprimento da saia não a coloque como culpada pelo assédio sexual. Querem ter o poder de decidir sobre os seus corpos e não querem mais morrer pelo fato de ser mulher.

A crença de que as mulheres são subalternas aos homens e que suas vontades são menos relevantes leva a desigualdade presente nas relações sociais. Essa é uma das raízes dos altos índices de violência doméstica contra as mulheres. Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 5,5% nos casos de feminicídio (homicídio de mulheres devido a sua condição de gênero) no país, segundo o Monitor da Violência. Em Minas, o índice foi ainda maior (9,7%). Uma pesquisa do Ipea, com dados de 2019, estima que o Brasil tenha cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano, o equivalente a dois por minuto.

“Nós, mulheres, precisamos estar unidas para superar as barreiras impostas pelo machismo em todas as áreas e lutar por mais conquistas e valorização do nosso papel na sociedade”, opina a diretora do Sindipetro-MG, Márcia Marins.