O Encontro de Aposentados e Pensionistas promovido pelo Sindipetro/MG, no dia 4 de maio, foi marcado por muitos desabafos sobre a situação insustentável das contribuições do Plano de Equacionamento de Dívidas (PED) da Petros. Durante o debate, os participantes também fizeram questionamentos aos especialistas convidados e ouviram os esclarecimentos sobre o que tem sido feito para solucionar os problemas.
O encontro foi aberto pelo coordenador-geral interino do Sindipetro/MG, Guilherme Alves, que deu boas vindas a todos e lembrou sobre a importância da participação das aposentadas e aposentados na votação da eleição para a diretoria do Sindicato, que vai até 12/05. “Quanto maior o quórum, maior a legitimidade da representação da categoria nas negociações com Petrobrás, Petros e AMS”, afirma.
O assessor da FUP e da ANAPAR, Luiz Fellipe Fonseca, participou de forma virtual. Ele explicou sobre as razões do déficit dos planos da Petros. “O PED 21 foi gerado a partir do valor dos títulos públicos federais. Metade do problema é atuarial e metade é de baixa rentabilidade” afirmou. Para ele, a Petrobrás tem sua responsabilidade sobre o déficit da Petros.
Uma delegação das entidades representativas (FUP e seus sindicatos) esteve em Brasília entre os dias 28 a 30 de março de 2023, para sensibilizar os novos dirigentes da Previc e da Secretaria Complementar de Regimes Próprios do Ministério da Previdência Privada a alterar a legislação, a fim de que passem a permitir a remarcação dos títulos Públicos da Petros para que sejam contabilizados.
O diretor da FUP, Paulo César Martin, também por videoconferência, disse que se deixar de pagar o PED, o plano não conseguirá honrar os seus compromissos. “A legislação não permite que a Petrobrás pague tudo. Não adianta querer soluções milagrosas”, disse. Ele ressalta que, nesse momento, a negociação é a melhor saída. “A nossa expectativa é que os Grupos de Trabalhos avancem até a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho”, afirmou.
O conselheiro da Petros, Norton Cardoso, fez um panorama sobre a situação da Petros, que segundo ele, só caminha com o aval da patrocinadora. Ele ressaltou a importância de haver uma diretoria com diálogo aberto. “Se Bolsonaro tivesse ganhado a eleição, estaríamos discutindo a privatização e não a Petros”, lembrou. “Estamos no caminho para resolver os problemas urgentes da Petros com o GT da Petrobrás, ações na Justiça, articulação com a Previc e a luta permanente da categoria”, afirmou.
Em 03/05, os representantes da FUP (Federação Única dos Petroleiros) participaram, de forma virtual, da primeira reunião do Grupo de Trabalho – GT que tem como objetivo debater o futuro da AMS e da Petros. A proposta da FUP é de suspensão dos descontos abusivos da AMS e do PED 2021 até a conclusão do GT que discute o assunto. A próxima reunião do GT AMS / Petros, acontece no dia 11/05.