Em nova reunião no dia 14 de junho, a gerência do setor de produção afirmou que não haverá terceirização de postos de trabalho de técnicos de operação no GPI
No último dia 7 de junho, o Sindipetro/MG e a gerência local da Regap se reuniram para dar continuidade às discussões sobre as demandas dos trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap). Entre os temas, estiveram novamente as questões relativas ao relógio de ponto, ao transporte de turno, a alimentação e a terceirização do GPI.
Em relação a retomada do ponto central de transporte do turno no CIC, reivindicada pelo Sindipetro/MG, a gerência da Regap informou que será realizada uma avaliação no Refino. Porém, os representantes da refinaria voltaram a reafirmar a tese jurídica da Petrobrás de que o ponto precisa ser batido no setor de trabalho. Essa tese é questionada pelo setor Jurídico da FUP e pelo Sindipetro/MG.
Também pauta de outras reuniões, e que vem se estendendo ao longo dos meses, o transporte de turno voltou ao debate. Trabalhadores, inclusive de cidades próximas, têm passado por um longo período de tempo dentro do transporte. E, apesar de anteriormente ter informado que as rotas têm um limite de 1h45 para serem concluídas, os dados apresentados pela gerência da Regap nesta reunião mostram rotas que excedem esse limite. O fato tem feito com que muitos trabalhadores utilizem veículos próprios devido à capacidade reduzida dos ônibus.
Visando melhorar as rotas, o Sindipetro/MG sugeriu a possibilidade de rearranjo de carros específicos para os supervisores. Como resposta, a empresa se comprometeu a avaliar os pontos críticos junto ao setor responsável, inclusive considerando se o padrão atual leva em conta jornadas de turno de 12 horas
Outro ponto retomado foi a da qualidade da alimentação na refinaria. Neste caso, a gerência apresentou dados com baixo índice de reprovação em relação à alimentação, porém não apresentou informações quanto ao índice de satisfação no turno. Assim, o sindicato solicitou uma avaliação específica no turno e a criação de um canal para reclamações, alegando que existem problemas peculiares a essa modalidade de trabalho.
Apesar do diálogo, a atual gerência da Regap tem sido ineficiente em apresentar soluções concretas para as demandas da categoria petroleira, o que tem gerado insatisfação e preocupação entre os trabalhadores. “Durante as reuniões, a gerência tem tirado como encaminhamento outras reuniões ou apresentado dados insuficientes. É muita conversa para pouca solução. Esperamos que a gerência local compreenda que estamos em um novo governo, em uma nova conjuntura. Caso questões tão pequenas sigam não avançando, o Sindicato iniciará um processo de diálogo e mobilização da categoria” afirma Guilherme Alves, coordenador geral do Sindipetro/MG.
Recuo na terceirização do GPI
O Sindipetro/MG também voltou a questionar a terceirização da Gestão de Paradas de Manutenção e Inspeção (GPI). A gerência apresentou informações sobre as contratações para o GPI que, de acordo com a gerente de produção, são para a função de Planejador Integrador, visando nivelar informações entre Operação e Manutenção no processo de planejamento das intervenções, além de atuar como apoio administrativo ao OPMAN.
Em nova reunião para tratar sobre esse tema nesta quarta-feira, a Gerência de Produção trouxe novos esclarecimentos sobre a denúncia do Sindicato. Segundo o gerente do setor, não haverá terceirização de postos de trabalho de técnicos de operação no GPI, apesar de que essa tenha sido uma proposta já aventada internamente no Governo Bolsonaro. A função de Planejador Integrador visaria nivelar informações entre Operação e Manutenção no processo de planejamento das intervenções, além de atuar como apoio administrativo ao OPMAN.
O gerente se comprometeu a enviar ao Sindicato um planejamento detalhado sobre a mobilização desses novos técnicos, com a apresentação das atribuições e treinamentos previstos. A gerência local afirmou que, após período de avaliação inicial da atuação desses profissionais como apoio aos técnicos do GPI, a situação poderá ser revertida.