Os relatos que o Sindipetro/MG vêm recebendo ao longo das últimas semanas revelam situações de pressão sobre os trabalhadores pelas empresas prestadoras de serviço
Os avanço da precarização nos últimos anos em setores como GPI, ETA, SMS, COQUE e Laboratório na Refinaria Gabriel Passos (Regap) têm gerado preocupações nos trabalhadores da unidade, uma vez que as denúncias envolvendo piora das condições de trabalho em postos contratados têm sido recorrentes. Os relatos recebidos pelo sindicato destacam questões graves, como pressão contra trabalhadores, redução da segurança no trabalho e perda de conhecimento e expertise da mão de obra.
Os relatos que o Sindipetro/MG vêm recebendo ao longo das últimas semanas revelam situações de pressão sobre os trabalhadores pelas empresas prestadoras de serviço, incluindo casos em que são pressionados a retornar prematuramente de afastamentos médicos. Resultado de um mal planejamento desses contratos, quando a mão de obra terceirizada não está disponível nessa unidade, a operação da Petrobrás é quem têm assumido as atividades.
Em outros setores, como o SMS, existem denúncias de que a responsabilidade pelas emissões de Recomendações Adicionais de Segurança (RAS) e a medição de presença de gases perigosos seja repassada para técnicos contratados na próxima Parada de Manutenção, situação inédita na Regap.
O avanço da terceirização é criticado pelo Sindicato pelas consequências negativas para toda a força de trabalho da refinaria, como o rebaixamento de salários, piores condições de trabalho e o aumento de ocorrências de assédio moral e ações antissindicais – como a demissão de grevistas e cipeiros. Além disso, a instabilidade no emprego gera um ambiente propício ao assédio moral, que afeta negativamente os trabalhadores e suas famílias, gerando um ambiente de insegurança financeira e emocional.
Diante dessas questões, o Sindipetro/MG reforça a urgência de rever a política de contratação na Regap e de que a gerência local tome medidas eficazes para solucionar esses problemas. Para o Sindicato, a principal demanda é melhoria nas condições de trabalho, incluindo primeirização da mão de obra, com a realização de concurso público que valorize o tempo de trabalho e experiência da força de trabalho já presente na refinaria. Essa medida visa valorizar a expertise dos funcionários e promover a segurança e a eficiência das operações.
“O Sindicato defende a ampliação e reposição de efetivo com empregos de qualidade, via concurso público e com uma maior valorização no processo seletivo para aqueles trabalhadores que já trabalham na Petrobrás como contratados. Queremos condições dignas e empregos decentes para todas e todos!” afirma o coordenador-geral do Sindipetro/MG, Guilherme Alves.