Melhoria das condições de SMS, respeito à diversidade, inclusão e combate ao assédio moral e sexual no ambiente de trabalho estarão entre os temas em debate no 37º Congresso Estadual dos Petroleiros de Minas Gerais, que acontecerá nos dias 5, 7 e 8 de julho, no Sindipetro/MG.
Com o crescente número de denúncias sobre casos de assédio contra as mulheres petroleiras, principalmente as terceirizadas, assim como problemas de saúde mental na categoria, medidas urgentes e efetivas são necessárias.
Após várias discussões nos Grupos de Trabalho (GT’s), a gestão da Petrobrás sinalizou a criação de um fórum com as entidades sindicais para ampliar as ações de combate à violência sexual e inclusão de uma cláusula no ACT sobre o tema. No entanto, é preciso avançar na cultura da empresa em relação a esses temas com a participação de todas e todos.
A diretoria do Sindipetro/MG convida a categoria da ativa e aposentada para participar do 37º Congresso Estadual dos Petroleiros em Minas. “Vamos debater temas caros para a categoria em Minas e em todo o Sistema Petrobrás. É imprescindível que sejam conquistadas cláusulas no próximo Acordo Coletivo de Trabalho que representem avanços para as condições de trabalho e vida digna da categoria petroleira”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.
Com a participação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), algumas propostas dentro desses temas foram discutidas nos GT’s como:
– Um plano de acessibilidade nas unidades do Sistema Petrobrás; a implementação de uma Cartilha de Direitos Humanos com diretrizes para a gestão e os empregados.
– Compromisso em aumentar a curto prazo o fornecimento de uniformes e EPIs femininos nas unidades.
– Estabelecimento a curto prazo de um Fórum com as entidades sindicais para discutir ações de combate à violência sexual.
-Implementação a curto prazo de ações de promoção da saúde de trabalhadores LGBTQIA+.
-Apresentação e discussão com as representações sindicais das propostas elaboradas pelo GT de Equidade Racial da Petrobrás.
-Retomar o assento das entidades sindicais no Comitê de Diversidade da Petrobrás.
-Avaliar a expansão e cobertura da AMS para processos de transição de gênero.
-Discutir no âmbito do ACT uma cláusula sobre combate à violência sexual e referenciar no Acordo Coletivo diretrizes para a política de diversidade da Petrobrás
SMS e saúde mental
-Implementação do projeto Escuta Sentinela para acolhimento, tratamento e prevenção da saúde mental na Petrobrás. Foram mapeados inicialmente 430 trabalhadores em situação crítica e outros 800 que estão em acompanhamento. A FUP tem cobrado que as ações de saúde mental sejam pensadas também para atender aos aposentados.
-Garantia do teletrabalho integral para trabalhadores com casos críticos de saúde física e mental
-Subsidiárias irão implementar o Programa de Saúde Mental e o Comitê Multigerencial para tratamento dos casos críticos
-Realização de ações a curto prazo para aumentar a segurança no transporte dos trabalhadores
-Compromisso da Petrobrás em garantir no ACT o cumprimento da Norma Técnica 2691, restabelecendo todos os exames médicos ocupacionais que eram realizados antes do desmonte da Norma.
-Negociação no âmbito do ACT da reformulação e ampliação dos programas de saúde mental e de alimentação saudável, duas questões que a FUP e seus sindicatos vêm cobrando insistentemente no GT.
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